quarta-feira, 28 de setembro de 2011

PR: nigerianos ilegais em navio não podem desembarcar em porto

Nove nigerianos clandestinos, que estão num navio no canal do porto de Paranaguá (PR) esperando para atracar, estão impedidos de desembarcar. Os imigrantes não possuem qualquer tipo de documentação e já foram avisados pela Polícia Federal de que não poderão descer da embarcação.

Conforme a assessoria do porto, o navio de bandeira turca está na fila e deve atracar entre esta quarta ou quinta-feira. Assim que for carregada com as 47 mil toneladas de farelo de soja, a embarcação deverá voltar para a África, segundo a PF, para deixar os clandestinos.

De acordo com a chefia da delegacia de Polícia Federal em Paranaguá antes de o navio chegar ao Paraná, há mais de oito dias, os agentes da imigração foram informados de que havia clandestinos a bordo. No sábado, dia 17, uma equipe da PF visitou o navio e verificou que os clandestinos estavam alimentados, seguros e acomodados dentro das condições que o veículo oferece.

A PF esclareceu que esse é um procedimento normal e não é permitida a entrada de imigrantes clandestinos no País. Somente neste ano, pelo menos outros três navios chegaram ao porto de Paranaguá com pessoas sem a devida documentação, alguns dos ilegais são os mesmos que estão na embarcação turca.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Dálio Zippin, conversou com os imigrantes. Eles relataram ao advogado que sofriam perseguição religiosa em seu país de origem e por isso estariam buscando asilo no Brasil.

Durante a tarde desta terça o advogado estava pronto para entrar com um pedido de habeas-corpus contra a proibição de desembarque e um pedido de asilo para cada um dos clandestinos, mas a pedido do advogado do armador do navio vai aguardar. "Eles agora disseram que não querem mais o asilo e a companhia seguradora concordou em levá-los de volta no navio, então vamos aguardar até amanhã de manhã", explica.

Além de ter de arcar com as custas de repatriação dos nove nigerianos, o armador será multado em R$ 824 por cada tripulante que chegou ao País clandestinamente.

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