sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Agência federal de EUA anuncia detenção em massa de estrangeiros



A estadunidense Agência de Alfândegas e Imigração (AAI) anunciou hoje a captura de duas mil 903 pessoas que chamou de "criminoso estrangeiros convictos", e explicou que foi resultado de uma operação policial denominada Cross Check.

Segundo o diretor da AAI, John Morton, no plano de sete dias participaram 1.900 oficiais federais e o processo de captura implementou-se em coordenação com forças locais em 50 estados e quatro territórios norte-americanos fora do continente.

O procedimento fez parte de uma estratégia nacional apoiada pela administração do presidente Barack Obama e dirigida a deportar elementos estrangeiros com antecedentes criminais e outros violadores da lei nacional, destacou Morton.

De acordo com o relatório institucional, entre os dois mil 903 presos, há uns mil 600 assassinos, sequestradores, assaltantes com armas de fogo e narcotraficantes, 42 membros do crime organizado e gangs, e 152 pedófilos.

Morton explicou que pelo menos 146 dos detentos serão apresentados a tribunais federais por reincidir na entrada ilegal aos Estados Unidos, depois de terem sido deportados em ocasiões anteriores. A sanção pode ser de 20 anos de prisão.

Dos indivíduos sob custódia policial, o relatório menciona Virgilio López, da República Dominicana, Patrick Revelus (Haiti), Ike Romanus (Nigéria), José Gallardo (México), Ian Kirt Kuar (Trinidad e Tobago), Roberto Hackett (Panamá) e Euford Brown, da Jamaica.

A AAI já conduziu em dezembro de 2009 uma operação Cross Check (revisão cruzada) que concluiu com a detenção de quatro mil 506 indocumentados estrangeiros, supostos delinquentes.

O Governo dos Estados Unidos reativou em julho último um programa anti-imigrante que inclui deportações relâmpago por meio de vôos diretos até a capital do México, reportou o diário The Arizona Republic.

Com um custo de 11 milhões de dólares, o sistema está desenhado para que os ilegais capturados na fronteira sejam imediatamente subidos a aviões em um pequeno aeroporto de Tucson.

Autoridades norte-americanas afirmaram que este programa corta o ciclo da imigração ilegal, evita as mortes de emigrantes e que os indivíduos voltem a tentar outra entrada a curto prazo.

O programa tinha sido criado há oito anos, mas esteve inativo por razões logísticas. Funciona principalmente no Arizona, e de acordo com testemunhas, não importa se o detento é guatemalteco, hondurenho ou das Ilhas Seychelles: de qualquer maneira é enviado para o México D.F.

Uns 12 milhões de imigrantes sem papéis vivem atualmente nos Estados Unidos, o fluxo pela fronteira chegou a nove mil pessoas por semana, e o presidente Obama prometeu uma reforma migratória desde 2008.

Perante à vacilação federal neste assunto, estados como Alabama, Georgia, e Carolina do Sul ameaçam oficializar medidas radicais que sancionam com duras sentenças a permanência de estrangeiros indocumentados nos Estados Unidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário