quarta-feira, 22 de setembro de 2010

RR é escolhido para realizar primeiro curso sobre tráfico de pessoas

O Ministério da Saúde (MS) escolheu o Estado de Roraima para sediar o primeiro curso “Saúde, Migração e Tráfico de Mulheres: o que o Sistema Único de Saúde precisa saber”. Tanto o MS quanto a Universidade de Brasília (UnB), terão como base a experiência local para realizar o mesmo evento nos demais Estados da Federação.

De acordo com o assessor do Ministério da Saúde, Sid Pimentel, Roraima foi escolhido por estar em um ponto estratégico, por ser considerado porta de entrada e saída o que facilita esse tipo de crime. “De acordo com nossas análises Roraima apresenta características específicas que propiciam o tráfico de pessoas por ser um Estado multilateral”, justifica.

Uma das propostas do evento é que os participantes possam compartilhar conhecimentos sobre os problemas que afetam às mulheres em situações de tráfico. Assim, todos poderão propor estratégias de inclusão dos serviços de saúde às vítimas de tráfico, migração, exploração sexual e trabalho degradante. E ainda poderão analisar aspectos que facilitam ou dificultam o atendimento a essas mulheres.

Desta forma, tanto o MS quanto as secretarias de saúde e demais instituições envolvidas no processo, poderão reconhecer as principais dificuldades apresentadas em torno do tráfico de mulheres e enfrentar o problema. “Com a troca de experiências sobre casos reais, poderemos incluir propostas que sirvam de ajuda às vítimas no planejamento do Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou Pimentel.

O Estado pretende avaliar os custos utilizados para recuperar uma vítima de tráfico. Além de apresentar as singularidades que as regiões apresentam em relação a costumes que podem favorecer ao crime e o que a lei apresenta sobre o tráfico. Com isso, os participantes poderão identificar os aliciadores e tratarem de forma adequadas as pacientes. “Por isso, convido à população a se despir de preconceitos para aprendermos e combatermos estes crimes”, enfatiza o assessor do Ministério da Saúde.

A equipe de saúde do município de Caracaraí participou do curso. Segundo a assessora técnica da Secretaria daquele Município, Aldenora Abreu, hoje a Cidade trabalha apenas com serviços voltados ao combate à violência e o curso é o primeiro contato que eles têm com o assunto de tráfico de pessoas.

“Esperamos sair daqui preparados para atendermos estes casos, além de atuarmos como multiplicadores de informações sobre o problema de imigração irregular e tráfico de pessoas e as conseqüências desse problema nas questões de saúde”, afirma Aldenora.

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