(Prensa Latina) O Partido Republicano estadunidense tem hoje uma lista interminável de requisitos de segurança para supostamente favorecer uma reforma das leis migratórias no país.
A modificação do código que permita regularizar a situação de milhões de pessoas que vivem aqui sem documentos é refém dos interesses políticos, segundo ilustra um comentário do jornal californiano La Opinión.
Quem decidirá se a fronteira comum com México enche os cânones de segurança que permitiriam considerar no Congresso um plano de reforma migratória ampla?, pergunta Maribel Hastings, assessora executiva e analista de America's Voice.
O que sim se sabe é que a segurança fronteiriça é bom tema eleitoral, destaca, e nesse sentido os republicanos somam requisitos a sua interminável lista.
A articulista desmascara argumentos esgrimidos sobre problemas de segurança e inclusive estima que os democratas cedem posições a pressões da oposição.
Um exemplo disso, assinala, é o envio de mil 200 Guardas Nacionais à fronteira. Sustenta Hastings que após tanto tambor e prato no Arizona, zona zero do debate migratório, nem sequer estavam prontos para ser despregados em 1 de agosto.
Enquanto o senador democrata de Nova Iorque, Charles Schumer, presidente do painel de Imigração do Senado, afirma que há muita gente, democratas e republicanos moderados, que dizem que não considerariam uma reforma migratória até que não façam algo em torno da fronteira.
A segurança fronteiriça, segundo defina a cada qual, avança, mais não assim a reforma migratória, assinala Hastings.
Apesar dos argumentos de falta segurança no limite entre os dois países, a realidade é outra.
Dados do Escritório Federal de Investigações (FBI) propõem, por exemplo, que quatro das cidades com a taxa mais baixa de crimes violentos estão localizadas em estados fronteiriços.
San Diego, Califórnia, El Passo e Austin, em Texas, e Phoenix, Arizona, onde rege a lei SB1070, têm esta situação.
Cifras do Centro Hispano Pew, citadas por Hastings, põem em dúvida o protagonismo do termo de imigração ilegal.
Entre 25 e 40 por cento dos indocumentados não ingressaram ao país sem documentos mas com vistos que depois expiraram.
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