Depois de fechar o cerco contra trabalhadores e mesmo refugiados, o governo do Reino Unido vai agora dificultar a entrada de estudantes estrangeiros no pais. No dia 16, o governo britânico revelou um novo estudo que mostra que 20% dos 180 mil estudantes que receberam vistos para o Reino Unido em 2004 nunca retornaram a seus países de origem e ainda vivem nas cidades britânicas.
O endurecimento das políticas de imigração faz parte de todos os governos na Europa, principalmente diante da crise econômica e do desemprego. No Reino Unido, porém, o governo conservador foi eleito com base em sua campanha de limitar a entrada de estrangeiros. Nas últimas semanas, Londres já anunciou novas cotas para profissionais estrangeiros e novos critérios para a imposição de vistos.
Na semana passada, foi a vez de o ministro de imigração, Damian Green, propor outras regras para a concessão de vistos para estudantes não-europeus. Para ele, os atuais números de entrada de estudantes são 'insustentáveis'. A meta de Green é de que apenas 'os melhores e mais brilhantes estrangeiros' recebam o direito de cursar faculdades no Reino Unido e trabalhar. Para Green, o sistema educacional no país tem sido abusado por estrangeiros que se aproveitariam do visto de estudante para permanecer no Reino Unido mesmo depois de terem concluído os cursos. 'Precisamos de controles de imigração mais inteligentes', disse, lembrando que o maior número de vistos dados no exterior foi justamente para estudantes. Entre meados de 2009 e 2010, o número de vistos concedidos para estudantes foi de 307 mil.
O governo vai iniciar uma ampla reforma das políticas de imigração, começando justamente pelos vistos dados aos estudantes. Segundo uma pesquisa realizada pelo governo, essa seria uma das vias mais utilizadas por estrangeiros para obter sucesso no mercado inglês.
Investigação. Outro esforço da reforma será a de entender como estrangeiros têm facilmente trocado vistos temporários por autorizações de trabalho e vistos permanentes. Green acredita que apenas colocar um teto no número de estrangeiros aceitos por ano no mercado de trabalho não resolverá o que ele chama de 'problema'.
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