Mais de 20 especialistas dissertaram nesta quarta-feira na cidade
espanhola de Granada sobre a origem dos colonizadores da Europa, durante uma
conferência internacional patrocinada pelo Cazaquistão no marco da Década
Internacional de Aproximação das Culturas (2013-2022) da Unesco.
"Desde nossa
fundação como Estado, estamos comprometidos em conhecer nossa própria história
porque só assim poderemos construir um bom futuro", disse o embaixador do
Cazaquistão em Madri, Bakyt Dyussenbaev, na conferência "As grandes
migrações: a colonização da Europa", realizada na Universidade de Granada.
O representante do
secretariado geral da Unesco, Dendev Badarsh, insistiu na importância de
"explorar estes processos migratórios na Europa", já que, frente a
realidades sociais como o racismo e a intolerância, um dos principais objetivos
do organismo é contribuir para criar "uma sociedade mais inclusiva".
O presidente da
Fundação Cultura, Olzhas Suleimenov, antecipou a futura publicação de um grande
atlas das migrações e etnias no qual se tenta dar resposta a grandes questões
como "a partir de onde começou a povoar-se a Europa?".
Suleimenov assinalou
que, apesar de alguns considerarem que não pode ter sido pelo Estreito de
Gibraltar, a região de "Andaluzia é o ponto de partida da população da
Europa", já que existem outros casos nos quais também não havia terra
firme, como Austrália ou Bretanha.
O reitor da
Universidade de Granada, Francisco González Lodeiro, lembrou que "a
Andaluzia é um território de migrações que recebeu a passagem de grandes
povoações".
Junto a eles, mais de
20 especialistas de Europa e Ásia em disciplinas como migração, museologia,
paleontologia e arqueologia puseram o foco no diálogo entre civilizações, a
interação dos povos e os processos da colonização da Europa.
Suas conclusões farão
parte de uma publicação preparada pela Unesco sobre as cinco grandes
conferências em torno das migrações.
A de Granada é a
quarta reunião internacional realizada dentro do plano de ação promovido pela
Unesco no marco do estudo das migrações, após as conferências de Paris (2008),
Nova York (2011) e Seul (2013) e que terminará em Nairóbi, onde se pretende
abordar as migrações desde sua origem.
A Década
Internacional de Aproximação das Culturas é a continuação do Ano Internacional
de Aproximação das Culturas, realizado em 2010 por iniciativa da ONU e proposta
do Cazaquistão.
EFE
Nenhum comentário:
Postar um comentário