Mais
de 10 mil solicitantes de asilo africanos, que chegaram clandestinamente a
Israel, se reuniram nesta quarta-feira (8) em frente ao Parlamento em Jerusalém,
no quarto dia de mobilização contra a política de imigração do governo, segundo
a polícia.
"Mais de 10 mil manifestantes se reuniram com a
autorização da polícia em frente à Knesset", afirmou à AFP o porta-voz da
polícia, Micky Rosenfeld.
O
presidente do Parlamento, Yuli Edelstein, proibiu a entrada de quatro
representantes dos manifestantes convidados por deputados para participarem de
uma reunião sobre a questão da imigração no país.
Edelstein justificou sua decisão explicando em um comunicado
que pretendia "evitar provocações que poderiam degenerar em violência e
desordem".
"Todos somos refugiados! Sim à liberdade e não à
prisão", gritaram, em inglês, portando bandeiras eritreias e etíopes.
Todos alegaram estar fugindo de ditaduras, guerras civis ou genocídios.
Os imigrantes denunciam a recusa das autoridades
israelenses em analisar seus pedidos de asilo e uma lei votada em 10 de
dezembro, segundo a qual os clandestinos podem ser colocados, sem aviso prévio,
em um centro de detenção durante o período de um ano.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu,
advertiu que suas manifestações não "servirão para nada".
Na terça-feira (7), em Tel Aviv, os manifestantes
afirmaram que o movimento de contestação continuará até que o governo anule a
polêmica lei e conceda asilo político.
As autoridades israelenses calculam em 60 mil os
africanos que entraram clandestinamente no país, e lançaram em 2012 uma
campanha que levou à saída ou expulsão de 3.920 deles.
Paralelo a isso, Israel terminou em 2013 a construção de
uma vala eletrônica ao longo dos 230 km de fronteira com o Egito, o que permitiu
reduzir praticamente a zero o número de entradas ilegais
G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário