sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Milhares de imigrantes africanos protestam no Parlamento israelense

Mais de 10 mil solicitantes de asilo africanos, que chegaram clandestinamente a Israel, se reuniram nesta quarta-feira (8) em frente ao Parlamento em Jerusalém, no quarto dia de mobilização contra a política de imigração do governo, segundo a polícia.
"Mais de 10 mil manifestantes se reuniram com a autorização da polícia em frente à Knesset", afirmou à AFP o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld.

O presidente do Parlamento, Yuli Edelstein, proibiu a entrada de quatro representantes dos manifestantes convidados por deputados para participarem de uma reunião sobre a questão da imigração no país.
Edelstein justificou sua decisão explicando em um comunicado que pretendia "evitar provocações que poderiam degenerar em violência e desordem".
"Todos somos refugiados! Sim à liberdade e não à prisão", gritaram, em inglês, portando bandeiras eritreias e etíopes. Todos alegaram estar fugindo de ditaduras, guerras civis ou genocídios.
Os imigrantes denunciam a recusa das autoridades israelenses em analisar seus pedidos de asilo e uma lei votada em 10 de dezembro, segundo a qual os clandestinos podem ser colocados, sem aviso prévio, em um centro de detenção durante o período de um ano.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, advertiu que suas manifestações não "servirão para nada".
Na terça-feira (7), em Tel Aviv, os manifestantes afirmaram que o movimento de contestação continuará até que o governo anule a polêmica lei e conceda asilo político.
As autoridades israelenses calculam em 60 mil os africanos que entraram clandestinamente no país, e lançaram em 2012 uma campanha que levou à saída ou expulsão de 3.920 deles.
Paralelo a isso, Israel terminou em 2013 a construção de uma vala eletrônica ao longo dos 230 km de fronteira com o Egito, o que permitiu reduzir praticamente a zero o número de entradas ilegais


G1

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