Nesta semana quatro ônibus foram flagrados
com cidadãos paraguaios sem autorização para viajar no Brasil. As autoridades
desconfiam que os passageiros estrangeiros voltavam para a capital paulista,
onde trabalham em situação semelhante à escravidão, ou seja, ganhando muito a
baixo de um salário mínimo, com carga horária acima da prevista em lei e
vivendo em lugares degradantes.
O primeiro flagrante
aconteceu na segunda-feira (13), quando um ônibus foi pego entrando no país
pela Ponte da Amizade. Nesta quinta-feira (16), outro ônibus foi parado no
posto da Polícia Rodoviária Federal, na BR 277, em Santa Terezinha de Itaipu e
dois outros no posto de Céu Azul. Ao todo 137 paraguaios, entre homens,
mulheres e crianças, foram encaminhados na quinta-feira à Polícia Federal na
aduana da Ponte da Amizade, onde foram deportados ao Paraguai.
Os estrangeiros podem
ter a Carteira de Trabalho no Brasil, tanto na condição de fronteiriço ou
acordo pelo Mercosul, que permite trabalhar em todo o território nacional. Para
isso, primeiramente o cidadão deve pedir visto de permanência no consulado
brasileiro, no país de origem. De acordo com Gilberto Monte Braga, gerente do
Ministério do Trabalho e Emprego, os pedidos de trabalho por cidadãos
paraguaios aumentaram nos últimos anos em Foz do Iguaçu, principalmente na área
da construção civil.
“Existem várias
denúncias sobre paraguaias domésticas. Também foram feitas várias ações de
conscientização pela nossa gerência, no tocante a trabalhadores paraguaios
ilegalmente da construção civil e reciclagem de lixo. Quando é uma questão de
regularização é dado um prazo para a empresa se regularizar. Já em caso de
trabalho de trabalho degradante é tomado outras medidas”, informou.
O delegado-chefe da
Polícia Federal em Foz do Iguaçu, Ricardo Cubas, informou que a retirada de
visto de estudante ou trabalho por estrangeiros, é um processo fácil no Brasil.
Segundo explicou o delegado, a pessoa precisa fazer o pedido na embaixada
brasileira no país em que estiver apresentando documentos e comprovante que já
possui algum empregador interessado no Brasil.
Radio Cultura
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