ANUNCIAM um mundo novo possível, urgente e necessário, uma
nova forma de organização social, política e econômica, com bases na justiça,
na liberdade e na solidariedade, aonde sejam distribuídos de forma igual os
frutos do trabalho e da riqueza da criação. Uma cidadania universal e
globalizada aonde a tecnologia esteja ao serviço da vida, e que a única casa
comum (O planeta terra-água) seja
tratado com respeito, cuidado com carinho e administrado com
responsabilidade. Enfim anunciam uma globalização integral e integradora.
DENUNCIAM. Um falso
sistema sócio-político e econômico, a destruição da casa comum, a injusta distribuição
da riqueza, uma globalização unilateral e perversa. Idolatrias e
fundamentalismos nos campos
científicos e religioso. O
Latifúndio e monopólio dos MCS e da tecnologia, causando violência, exclusão e
morte. Para problemas humanos soluções
humanas.
As
migrações revelam e denunciam ao mesmo tempo uma sociedade FRAGMENTADA,
CONFRONTADA E DIVIDIDA, aonde o DESESPERO E A NECESSIDADE causa muitas vítimas
e muitas mortes, muito sofrimento e muitas feridas nas pessoas que são
obrigadas a emigrar.
ALGUNS POSSÍVEIS DESAFIOS:
A acolhida, resgate cultural, o resgate da
cidadania, a presença em três momentos (origem-trânsito-destino), diálogo com o
diferente numa relação inter-cultural,
trabalhar as consciências no cultivo da sensibilidade e solidariedade,
denunciar as causas injustiças da miséria, fome, opressão, da migração forçada,
da concentração de renda, fortalecer e anunciar as causas justas, positivas, do
resgate da vida, da organização, da fé comprometida, na defesa da pessoa,
construindo comunidades e transformando
a sociedade, incidir politicamente para leis em favor da vida dos migrantes e
para políticas publicas ao serviço dos excluídos.
. Como
criar e recriar novas estruturas sociais e eclesiais possibilitando espaços de
solidariedade e de gratuidade para os migrantes, dignificando as relações e as
pessoas?
RESPOSTAS
DE AÇÕES CONCRETAS NO CAMPO DAS MIGRAÇÕES E JUNTO COM AS PESSOAS MIGRANTES
Acolhida e Assistência nas emergências (Casas de
acolhida, Pastorais, Centros de Atendimento, Orientação e Apoio ao migrante,
Centros Stela Maris em Portos)
-Sensibilização social e
incidência política (Políticas publica, e de migrações, leis mas humanas,
desburocratização legal, combate às causas injustas da migração forçada, Defesa
dos DD.HH. Dos migrantes...) Nesta dimensão os Centros de Estudos Migratórios e
a academia são fundamentais.
-Promoção humana, cultural e
acompanhamento religioso. (conservar as identidades, promover a integração,
manter e fortalecer os valores culturais e conservar a fé, celebrar a vida e trabalhar sempre em
defesa da cidadania universal, motivar o
trabalho e a presença de profissionais ao serviço da vida e na defesa dos Direitos Humanos dos migrantes.
-Articulação e formação de
redes somando forças com os vários segmentos da sociedade para atacar as causas
injustas das migrações forçadas, aliviando o sofrimento nas conseqüências
negativas, fortalecendo e afirmando as conseqüências positivas das
migrações e propondo alternativas possíveis
de solução.
Tudo isso deve ser feito
sempre em vista da ORGANIZAÇÃO E PARTICICPAÇÃO dos migrantes em processos
permanentes de transformação da sociedade, de construção de novas comunidades e
de compromisso pessoal com a vida e as vítimas da historia.
LA MARCHA
...”Las
grandes migraciones humanas a la vez reflejan y provocan, los cambios sociales
más profundos; los migrantes en marcha no son solo víctimas de um orden social
mundial excluyente, pero también artifices, protagonistas, profetas... de un
orden nuevo, justo y solidário. La marcha sigue, cargada de contradicciones: al
mismo tiempo que denuncian la falta de ciudadania de millones de personas en
todo el mundo, anuncian el sueño de una pátria universal; el migrante rompe y
borra todas las fronteras, en búsqueda de un mundo de hermanos, signo y
antecipación de un mundo nuevo posible” (Alfredo Gonçalves)
Ser estrangeiro é perder o equilíbrio sobre a terra, por isso
que para a Igreja ninguém deve sentir-se
estrangeiro porque migrar não é um delito, delito é o que causa a migração
forçada e por isso cremos em todo nosso
trabalho que o sonho não tem fronteiras e confirmamos que:
“PARA O MIGRANTE PÁTRIA É A
TERRA QUE LHE DÁ O PÃO”.
(João
Batista Scalabrini-Pai e Apóstolo dos Migrantes)
Pe. Mário Geremia CS
Coordenador do Centro Pastoral do
Migrante
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