quarta-feira, 10 de outubro de 2012

PROTAGONISMO DOS MIGRANTES E FUNÇÃO DAS MIGRAÇÕES.

Agentes, protagonistas e profetas de um mundo novo possível, necessário e urgente

ANUNCIAM um mundo novo possível, urgente e necessário, uma nova forma de organização social, política e econômica, com bases na justiça, na liberdade e na solidariedade, aonde sejam distribuídos de forma igual os frutos do trabalho e da riqueza da criação. Uma cidadania universal e globalizada aonde a tecnologia esteja ao serviço da vida, e que a única casa comum (O planeta terra-água) seja  tratado com respeito, cuidado com carinho e administrado com responsabilidade. Enfim anunciam uma globalização integral e integradora.
DENUNCIAM. Um falso sistema sócio-político e econômico, a destruição da casa comum, a injusta distribuição da riqueza, uma globalização unilateral e perversa. Idolatrias e fundamentalismos nos campos
científicos e religioso. O Latifúndio e monopólio dos MCS e da tecnologia, causando violência, exclusão e morte. Para  problemas humanos soluções humanas.
As migrações revelam e denunciam ao mesmo tempo uma sociedade FRAGMENTADA, CONFRONTADA E DIVIDIDA, aonde o DESESPERO E A NECESSIDADE causa muitas vítimas e muitas mortes, muito sofrimento e muitas feridas nas pessoas que são obrigadas a emigrar. 
 ALGUNS POSSÍVEIS DESAFIOS:
             A acolhida, resgate cultural, o resgate da cidadania, a presença em três momentos (origem-trânsito-destino), diálogo com o diferente numa relação  inter-cultural, trabalhar as consciências no cultivo da sensibilidade e solidariedade, denunciar as causas injustiças da miséria, fome, opressão, da migração forçada, da concentração de renda, fortalecer e anunciar as causas justas, positivas, do resgate da vida, da organização, da fé comprometida, na defesa da pessoa, construindo  comunidades e transformando a sociedade, incidir politicamente para leis em favor da vida dos migrantes e para políticas publicas ao serviço dos excluídos. 
. Como criar e recriar novas estruturas sociais e eclesiais possibilitando espaços de solidariedade e de gratuidade para os migrantes, dignificando as relações e as pessoas?
RESPOSTAS DE AÇÕES CONCRETAS NO CAMPO DAS MIGRAÇÕES E JUNTO COM AS PESSOAS  MIGRANTES
Acolhida e Assistência nas emergências (Casas de acolhida, Pastorais, Centros de Atendimento, Orientação e Apoio ao migrante, Centros Stela Maris em Portos)
-Sensibilização social e incidência política (Políticas publica, e de migrações, leis mas humanas, desburocratização legal, combate às causas injustas da migração forçada, Defesa dos DD.HH. Dos migrantes...) Nesta dimensão os Centros de Estudos Migratórios e a academia são fundamentais.
-Promoção humana, cultural e acompanhamento religioso. (conservar as identidades, promover a integração, manter e fortalecer os valores culturais e conservar  a fé, celebrar a vida e trabalhar sempre em defesa da  cidadania universal, motivar o trabalho e a presença de profissionais ao serviço da vida e na defesa dos  Direitos Humanos dos  migrantes.
-Articulação e formação de redes somando forças com os vários segmentos da sociedade para atacar as causas injustas das migrações forçadas, aliviando o sofrimento nas conseqüências negativas, fortalecendo e afirmando as conseqüências positivas das migrações  e propondo alternativas possíveis de solução.
Tudo isso deve ser feito sempre em vista da ORGANIZAÇÃO E PARTICICPAÇÃO dos migrantes em processos permanentes de transformação da sociedade, de construção de novas comunidades e de compromisso pessoal com a vida e as vítimas da historia.

 LA MARCHA
...”Las grandes migraciones humanas a la vez reflejan y provocan, los cambios sociales más profundos; los migrantes en marcha no son solo víctimas de um orden social mundial excluyente, pero también artifices, protagonistas, profetas... de un orden nuevo, justo y solidário. La marcha sigue, cargada de contradicciones: al mismo tiempo que denuncian la falta de ciudadania de millones de personas en todo el mundo, anuncian el sueño de una pátria universal; el migrante rompe y borra todas las fronteras, en búsqueda de un mundo de hermanos, signo y antecipación de un mundo nuevo posible” (Alfredo Gonçalves)
Ser estrangeiro é perder o equilíbrio sobre a terra, por isso que para a Igreja ninguém deve sentir-se  estrangeiro porque migrar não é um delito, delito é o que causa a migração forçada e por isso cremos  em todo nosso trabalho que o sonho não tem fronteiras e confirmamos que:
“PARA O MIGRANTE PÁTRIA É A TERRA QUE LHE DÁ O PÃO”.
(João Batista Scalabrini-Pai e Apóstolo dos Migrantes)


Pe. Mário Geremia CS
Coordenador do Centro Pastoral do Migrante




Nenhum comentário:

Postar um comentário