segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Documentário relata impacto da entrada de imigrantes nos EUA


Com a aproximação das eleições presidenciais, o debate sobre o tema migratório nos Estados Unidos cresce em importância. Poucos especialistas sabem mais sobre o fenômeno migratório no país que o colunista do diário Daily News, Juan Gonzáles, de 64 anos. O repórter investigativo passou mais de 8 anos escrevendo o livro “Harvest of Empire: A History of Latinos in America”, publicado em 1999. A obra serviu de base para um documentário que será exibido na sexta-feira (28) em Nova York, durante uma semana.
O objetivo do livro e documentário é explicar a massiva presença latina nos EUA como resultado da política e diplomacia na América Latina. O mesmo ocorre na Europa. A França lida com a imensa população de algerianos, marroquinos e naturais da Tunísia. Os britânicos lidam com uma massiva população de paquistaneses, indianos e jamaicanos. Todos esses países são ex-colônias. As ondas migratórias no terceiro mundo tendem a se direcionar a países que uma vez controlaram suas economias e políticas, pois era lá que se concentrava o dinheiro. Já nos EUA, a onda migratória em grande parte vem da América Latina e Caribe.
A imigração sempre esteve presente na história desse país e, ocasionalmente, tema frequente de debate. Em 1840, tivemos o movimento contra os irlandeses que tentou evitar que os imigrantes votassem nas eleições locais e exigiam longos períodos de cidadania. Em 1880, ocorreu o Ato de Exclusão dos Chineses, que basicamente baniu os imigrantes chineses de entrarem no país por 60 anos.
Entretanto, a diferença é que a imigração latino-americana tem persistido por muito tempo, ou seja, 70 anos de fluxo contínuo, portanto, ocasionando uma verdadeira transformação social.
O Censo projetou que a população norte-americana atingirá 400 milhões de pessoas em 2050 e 1 terço dela será de origem latina. Portanto, até o final do século, metade da população dos EUA em 2100 traçará suas origens à América Latina.

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