O presidente da Tunísia, Moncef
Marzouki, pediu neste sábado a criação de uma força-tarefa regional para lidar
com o "desastre humanitário" que matou milhares de africanos que
tentam chegar à Europa em barcos pequenos e inadequados.
Falando na conclusão de um encontro
de líderes europeus e do norte da África em Malta, Marzouki afirmou que a
força-tarefa teria de coordenar o trabalho que já é feito por ministérios do
Interior e das Relações Exteriores e órgãos regionais.
"Não queremos que isso seja uma
operação militar, queremos que seja uma operação humanitária", afirmou.
"Não podemos aceitar centenas e milhares de pessoas se afogando no
mar."
As inúmeras embarcações pequenas e
lotadas que tentam sair da África e chegar à Sicília, Malta e outras ilhas há
tempos reflete a pressão que a pobreza criou na região do Norte da África.
Embora o problema seja menos intenso
depois que os governos ocidentais aumentaram sua cooperação com as nações
africanas devido às revoluções da Primavera Árabe, navios com imigrantes ainda
aparecem no sul da Europa. No mês passado, o naufrágio de um barco perto de
Lampedusa pode ter causado a morte de dezenas de pessoas.
Os comentários do presidente
tunisiano salientaram o desejo de ajuda que os novos governos em países como
Tunísia e Líbia querem da União Europeia, além das preocupações na Europa sobre
um potencial aumento da instabilidade nas nações.
O assassinato do embaixador
norte-americano Christopher Stevens, na Líbia, e a retirada da embaixada
norte-americana em Túnis após protestos contra um vídeo anti-islâmico fizeram
todos lembrarem o quão frágil a situação ainda é na região.
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