terça-feira, 9 de outubro de 2012

Tunísia pede união contra morte de imigrantes no Mar Mediterrâneo


O presidente da Tunísia, Moncef Marzouki, pediu neste sábado a criação de uma força-tarefa regional para lidar com o "desastre humanitário" que matou milhares de africanos que tentam chegar à Europa em barcos pequenos e inadequados.
Falando na conclusão de um encontro de líderes europeus e do norte da África em Malta, Marzouki afirmou que a força-tarefa teria de coordenar o trabalho que já é feito por ministérios do Interior e das Relações Exteriores e órgãos regionais.
"Não queremos que isso seja uma operação militar, queremos que seja uma operação humanitária", afirmou. "Não podemos aceitar centenas e milhares de pessoas se afogando no mar."
As inúmeras embarcações pequenas e lotadas que tentam sair da África e chegar à Sicília, Malta e outras ilhas há tempos reflete a pressão que a pobreza criou na região do Norte da África.
Embora o problema seja menos intenso depois que os governos ocidentais aumentaram sua cooperação com as nações africanas devido às revoluções da Primavera Árabe, navios com imigrantes ainda aparecem no sul da Europa. No mês passado, o naufrágio de um barco perto de Lampedusa pode ter causado a morte de dezenas de pessoas.
Os comentários do presidente tunisiano salientaram o desejo de ajuda que os novos governos em países como Tunísia e Líbia querem da União Europeia, além das preocupações na Europa sobre um potencial aumento da instabilidade nas nações.
O assassinato do embaixador norte-americano Christopher Stevens, na Líbia, e a retirada da embaixada norte-americana em Túnis após protestos contra um vídeo anti-islâmico fizeram todos lembrarem o quão frágil a situação ainda é na região.

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