Diante da perda de
peso do êxodo do campo para a cidade na maioria dos países da América Latina,
surgiram novos "fluxos migratórios" na região, mais
"complexos" e que envolvem também a mudança de cidadãos da região
para outros países, segundo o relatório "Estado das Cidades da América
Latina e Caribe-2012", divulgado pelo programa ONU-Habitat nesta
terça-feira.
As migrações na região
tornaram-se "mais complexas e se produzem fundamentalmente entre cidades,
a vezes traspassando as fronteiras internacionais", diz o estudo. Outro
fenômeno relevante são os movimentos de população dentro das cidades, entre o
centro e sua periferia e as cidades-satélites.
Estima-se que em 2010
mais de 30 milhões de latino-americanos e caribenhos (5,2% da população total)
residiam fora de seu país de origem. Os principais destinos dessa emigração são
os EUA --onde fixaram residência a maioria dos latino-americanos que deixaram
seus países--, seguido por Espanha e Canadá.
O México lidera o
êxodo no subcontinente, com 12 milhões de expatriados, o que corresponde a
10,7% da sua população. Depois, em números absolutos, surgem Colômbia, Brasil,
El Salvador, Cuba, Equador e Peru.
Segundo o relatório,
60% das famílias mexicanas mais pobres dependiam de remessas de recursos de
parentes que vivem no exterior.
O caso de Brasil
destoa do resto da região porque, apesar de ser o terceiro maior "emissor"
de pessoas em termos absolutos, proporcionalmente apenas 0,4% da população vive
no exterior. Os destinos principais de brasileiros são EUA, Japão e Espanha.
Já os imigrantes
representam 1,3% da população da América Latina (7,5 milhões de pessoas), com
crescimento de 1 milhão de pessoas desde 2000 a 2010. Argentina, Venezuela, México e
Brasil são os países que mais possuem, proporcionalmente, imigrantes.
Em grandes áreas
metropolitanas, como em São Paulo, Rio de Janeiro, Quito e Cidade da Guatemala,
observa-se um padrão migratório denominado de "desconcentração
concentrada". Ou seja, as pessoas saem da metrópole, mas se mudam para áreas próximas, em seu entorno.
concentrada". Ou seja, as pessoas saem da metrópole, mas se mudam para áreas próximas, em seu entorno.
Jornal
Floripa
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