quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Gigantes e moinhos de vento: vamos discutir a imigração no Brasil?


Os imigrantes e os refugiados, que estão sendo acolhidos por nós, brasileiros, merecem uma visão mais humanizada sobre seus dilemas e alegrias


Pode ser que não tenhamos lido a obra completa do romancista Miguel de Cervantes, mas seguramente conhecemos pelo menos parte dela, sobre Quixote e seu fiel escudeiro, Sancho Pança. Cervantes conseguiu transmitir os sentimentos, as paixões, as debilidades e as fortalezas dos seres humanos, através das aventuras de um cavaleiro que desejava salvar fracos, oprimidos, injustiçados e donzelas em perigo.
Só que nem só de glória viveu Quixote. Ele experimentou também momentos de pesares e contrariedades. Confundiu moinhos de vento com gigantes. Alimentou em seu coração fantasias, um forte idealismo e o afã de empreender nobres feitos.
Até que ponto, nós – os profissionais de comunicação – desempenhamos um papel quixotesco e provocativo, incentivando os diferentes atores da nossa sociedade a desfrutarem da aventura de ampliar suas percepções sobre os diferentes aspectos da vida humana, como o fez Cervantes?
Suzanne Maria Legrady

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