Os números estão no relatório da
Coordenação-Geral de Imigração do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e se
referem a autorizações para trabalho permanente e temporário.
O
número de haitianos com autorização para trabalhar no Brasil cresceu quase
cinco vezes, comparados os primeiros semestres de 2011 e de 2012. Foram 441
pessoas no ano passado, ante 2,3 mil neste ano. Os norte-americanos lideram a
lista de concessões nos seis primeiros meses de 2012, com 4,6 mil autorizações.
As autorizações de trabalho são solicitadas ao
MTE por empresas interessadas em contratar mão de obra. Essa autorização
permite a concessão de visto, feita pelas embaixadas no Brasil no
exterior. No caso dos haitianos, também foram permitidas estadias por meio do
Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça.
De acordo com o presidente da coordenação de
imigração, Paulo Sérgio de Almeida, em janeiro deste ano todos haitianos que entraram
no Brasil por meio de fronteira receberam documentos para permanecer no país e
trabalhar legalmente. Com o visto em mãos, os haitianos tiraram CPF temporário
e Carteira de Trabalho.
O Acre e o Amazonas são a porta de entrada de
haitianos no Brasil. Em 2012, mais de 1,3 mil entraram pelo Amazonas e 930 pelo
Acre – o que corresponde a 96,4% do total. Muitos procuram outros estados para
morar e trabalhar. Segundo o secretário de Justiça e Direitos Humanos do Acre,
Nílson Mourão, eles partem para Rondônia, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa
Catarina.
Atualmente,
há uma comunidade de 20 haitianos em Brasiléia (AC), onde outros 60 foram
detidos, por falta de documentação. Na fronteira do Brasil com o Peru, em
Iñapari, há mais de 100. A
reportagem constatou que a situação desses estrangeiros na
fronteira com o Peru é crítica.
D24M
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