O governo dos Estados
Unidos informou nesta terça-feira sobre o início da “Operação Coiote”, criada
para combater o tráfico de pessoas na região de Rio Grande (Texas), por onde
estão entrando milhares de crianças centro-americanos de forma ilegal.
A
operação, que durará 90 dias, permitiu prender durante o primeiro mês 192
traficantes de pessoas (“coiotes”) e seus associados. Além disso, as
autoridades apreenderam US$ 625 mil de 288 contas bancárias de organizações de
trafico de drogas e de pessoas.
“Nossas fronteiras não estão abertas para a imigração ilegal e, se vêm da
América Central, da Guatemala, Honduras ou El Salvador, vamos mandá-los de
volta”, afirmou.
O
secretário afirmou que estão sendo estudadas vias para acelerar os processos
para a deportação. Johnson disse que se conseguiu reduzir “consideravelmente” o
tempo das repatriações de adultos que vêm com crianças-de 33 a quatro dias- e
que estão saindo entre seis e 10 voos diários para estes países
centro-americanos com grupos de deportados.
Por
outro lado, confirmou que durante as últimas semanas o governo constatou uma
queda na detenção de imigrantes irregulares e de menores sem companhia.
O
porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou ontem que segundo os dados das
duas primeiras semanas deste mês, a apreensão de menores desacompanhados na
zona do vale do Rio Grande desceu de uma média diária de 355 em junho para 150.
Durante
a Operação Coiote, 501 imigrantes ilegais que viajavam com os traficantes
ficaram sob custódia.
Os
menores sem companhia de um adulto seguem sendo o maior problema, já que por
lei só as crianças de países limítrofes podem ser deportados quase
imediatamente.
“Pedimos
uma mudança na lei e estamos em discussões com o Congresso para fazer isso”,
defendeu Johnson sobre uma medida a qual os democratas se opõem.
Johnson
explicou que 60 agentes especiais e grupos de apoio, assim como recursos de
inteligência e logísticos para fornecer apoio tático e operacional em tempo
real foram enviados para a zona do vale do Rio Grande.
A
Casa Branca está tentando coordenar uma resposta conjunta e nesta tarde manteve
uma teleconferência com os governadores dos estados para informar sobre a
situação, na qual participaram Johnson, a secretária de Saúde, Sylvia Burwell,
o comissário do Escritório de Fronteiras e Alfândegas (CBP), Gil Kerlikowske, e
outros funcionários de ICE, Fema e do Departamento de Justiça.
A
administração está trabalhando com os estados para identificar instalações
temporários para alojar os menores, embora “nenhuma ação” substitui “soluções
duradouras” como uma reforma migratória integral, avaliou a Casa Branca em um
comunicado, no qual pediu ao Congresso que atue para ajudar a amenizar o
problema.
Fonte: UOL
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