O grupo cativava mulheres entre 18 e 23 anos, a quem prometia empregos
no setor de turismo na Espanha
Oito pessoas foram detidas durante operação da Polícia Nacional
espanhola que desarticulou uma rede que obrigava mulheres brasileiras a
prostituir-se nas regiões de Barcelona, Ibiza e Las Palmas.
Os detidos são três homens de nacionalidade espanhola e cinco mulheres,
três de nacionalidade espanhola e duas brasileiras. O número de mulheres
vítimas dessa rede de exploração não é conhecido.
Segundo informou a Polícia Nacional em comunicado, o grupo atraía
mulheres jovens, entre 18 e 23 anos, em várias cidades do Brasil, a quem
prometia empregos no setor do turismo na Espanha.
Quando chegavam ao país, elas ficavam sem os passaportes, eram mantidas
em várias casas usadas pela rede e exploradas sexualmente, sob fortes medidas
de controle e com mobilidade bastante limitada.
Equipas da Brigada Central contra o Tráfico de Seres Humanos, da
Esquadra Geral de Estrangeiros e Fronteiras, da Brigada Provincial de
Estrangeiros e Documentação de Las Palmas e da equivalente unidade de Barcelona
participaram da investigação.
A polícia começou a investigar a rede depois de agentes terem comprovado
que, em uma casa em Las Palmas de Gran Canaria, havia várias mulheres
brasileiras que se prostituiam.
Os agentes comprovaram que as jovens tinham sido levadas para a Espanha
pela organização,que as mantinha praticamente como escravas sexuais,
obrigando-as a pagar uma dívida referente à viagem.
As autoridades brasileiras, que colaboraram com a investigação,
confirmam que algumas mulheres regressaram ao país depois de um longo período
em que pagaram essa dívida.
A polícia considera que as jovens chegavam à Espanha depois de escalas
internacionais. Elas iam para aeroportos de várias cidades espanholas, antes de
serem colocadas nas casas da rede.
Agência Brasil
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