O Partido Cristão Social (CSV) teme que a organização de um
referendo sobre o direito de voto dos não-luxemburgueses nas eleições
legislativas, possa desencadear um debate xenófobo e coloque em risco a coesão
social no país.
A preocupação foi
manifestada esta tarde à Rádio Latina, pelo deputado e presidente do grupo
parlamentar do CSV, Claude Wiseler.
Com estes argumentos como
pano de fundo, Claude Wiseler lança o repto ao Governo para que a discussão
sobre a participação dos não-luxemburgueses nas eleições legislativas – único
sufrágio nacional exclusivamente reservado aos luxemburgueses – se mantenha na
esfera política.
O presidente do grupo parlamentar do Partido Cristão Social
(função que ocupará oficialmente a partir da rentrée parlamentar em
substituição de Jean-Claude Juncker) espera que esse debate político aconteça
já depois das férias de Verão.
Como prova de abertura
ao diálogo, o CSV lança um série de propostas para reformar a lei da
nacionalidade com o intuito de facilitar o acesso à naturalização para que haja
uma maior participação política da população não-luxemburguesa. Ou seja, os
cristãos-socais mantêm a posição de sempre: o direito de voto nas eleições
legislativas é reservado aos luxemburgueses, quer de origem, quer
naturalizados.
Do leque de propostas
para aceder mais facilmente ao passaporte luxemburguês, o CSV defende que os
filhos dos residentes estrangeiros possam de forma ‘quase’ automática obter a
nacionalidade quando atingirem a maioridade.
O CSV declara-se também favorável a baixar o período de
residência obrigatório para a aquisição da nacionalidade luxemburguesa,
passando dos actuais sete para cinco anos.
Redação Latina
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