Centenas de imigrantes africanos ilegais em Israel começaram uma greve
de fome nesta segunda-feira depois que a polícia forçou uma retirada próxima à
fronteira com o Egito.
Cerca de mil
africanos, principalmente da Eritreia e do Sudão, marcharam desde sexta-feira
para a fronteira com o Egito e montaram um acampamento improvisado para
protestar contra as condições "desumanas" nas instalações do campo de
refugiados em Holot, no sul do Israel. Na noite de ontem, houve conflito com as
forças de segurança.
Israel abriu o campo
de Holot para abrigar os milhares de imigrantes ilegais que chegam ao seu
território e deixa-o aberto durante o dia, mas bloqueado à noite.
Os manifestantes alegam
que Holot é semelhante a uma prisão e dizem que o campo é prova do fracasso de
Israel em sua política imigratória.
Os imigrantes pedem
que a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR, na sigla em inglês)
intervenha para permitir-lhes que imigrem a outro país. "Pedimos à ACNUR
para encontrar uma solução urgente para esta situação e para proteger os nossos
direitos como pessoas que viemos para Israel em busca de asilo e abrigo",
diz o comunicado com imigrantes.
A porta-voz dos
serviços de Imigração do ministro israelense do Interior, Sabine Hadad, indicou
que a polícia retirou 779 imigrantes nesta operação, na qual cinco imigrantes e
cinco agentes ficaram feridos.
Fonte: Dow Jones Newswires.
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