O movimento no Seminário
Nossa Senhora Aparecida foi intenso no final de semana, onde estão abrigados
provisoriamente pouco mais de 100 ganeses que buscam na cidade oportunidade de
emprego. De um lado, voluntários recebendo e fazendo a triagem de uma quantidade
enorme de doações, como roupas, cobertores, colchões e alimentos. De outro, os
imigrantes organizando suas novas instalações — passaram do ginásio para um
refeitório —, tomando banho, lavando roupas.
— Estamos muito contentes com a quantidade de doações. Muitas pessoas de fora de Caxias vieram até o Seminário com mantimentos e agasalhos. Recebemos roupas novas, ainda com etiqueta do preço — destaca a irmã Maria do Carmo Gonçalves, do Centro de Atendimento ao Migrante (CAM).
As doações chegam ao seminário por intermédio da Fundação de Assistência Social (FAS) de Caxias do Sul e também por pessoas que se sensibilizam com o caso dos migrantes. Janaína Aguiar Ferreira, 31 anos, é de João Pessoa, na Paraíba, e desde 2008 mora em Caxias. Ontem, ela levou dezenas de peças de roupa aos ganeses, e se voluntariou para ajudar na triagem.
— Quando cheguei na cidade também sofri com preconceito, por ser do Nordeste. Também presencio muitos atos raciais pelas ruas da cidade. Sempre quis fazer alguma coisa a respeito disso, e agora me coloco no lugar desses ganeses — comenta Janaína, que arrecadou donativos após fazer uma campanha pelas redes sociais, e também abriu uma conta bancária para que a família e os amigos mandassem contribuições de João Pessoa.
— Com o valor arrecadado, já consegui comprar vários produtos de higiene pessoal para os migrantes — conta.
O frio do final de semana não foi empecilho para os migrantes diante do montante de donativos. Muitos deles aproveitaram para trocar as peças que estavam usando há dias, tomaram banho e lavaram roupa. Um deles foi Farid Kamil, 33, que deixou o trabalho de professor particular em Acra, capital de Gana, para tentar a vida no Brasil. Ao contrário de muitos compatriotas que passam por Caxias apenas para encaminhar o protocolo de refúgio junto à Polícia Federal (PF) — documento que lhes dá o direito de encaminhar CPF e Carteira de Trabalho brasileiros —, Kamil gostaria de trabalhar em Caxias. Ele se tornou, no Seminário, uma espécie de porta-voz de seus colegas, e mostra senso de organização e liderança.
— Estamos todos bem aqui, mas esperando pela sorte — diz.
Caxias
recebe hoje uma missão do governo federal formada por representantes dos
ministérios da Justiça, Trabalho e Emprego e Desenvolvimento Social e Combate à
Fome.
O grupo discutirá ações emergenciais diante da situação dos ganeses, e atende a um pedido pessoal do prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT, feito em Brasília na semana passada. Também participam dos trabalhos representantes do governo do Estado, entidades assistenciais e Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores e Polícia Federal.
— Estamos muito contentes com a quantidade de doações. Muitas pessoas de fora de Caxias vieram até o Seminário com mantimentos e agasalhos. Recebemos roupas novas, ainda com etiqueta do preço — destaca a irmã Maria do Carmo Gonçalves, do Centro de Atendimento ao Migrante (CAM).
As doações chegam ao seminário por intermédio da Fundação de Assistência Social (FAS) de Caxias do Sul e também por pessoas que se sensibilizam com o caso dos migrantes. Janaína Aguiar Ferreira, 31 anos, é de João Pessoa, na Paraíba, e desde 2008 mora em Caxias. Ontem, ela levou dezenas de peças de roupa aos ganeses, e se voluntariou para ajudar na triagem.
— Quando cheguei na cidade também sofri com preconceito, por ser do Nordeste. Também presencio muitos atos raciais pelas ruas da cidade. Sempre quis fazer alguma coisa a respeito disso, e agora me coloco no lugar desses ganeses — comenta Janaína, que arrecadou donativos após fazer uma campanha pelas redes sociais, e também abriu uma conta bancária para que a família e os amigos mandassem contribuições de João Pessoa.
— Com o valor arrecadado, já consegui comprar vários produtos de higiene pessoal para os migrantes — conta.
O frio do final de semana não foi empecilho para os migrantes diante do montante de donativos. Muitos deles aproveitaram para trocar as peças que estavam usando há dias, tomaram banho e lavaram roupa. Um deles foi Farid Kamil, 33, que deixou o trabalho de professor particular em Acra, capital de Gana, para tentar a vida no Brasil. Ao contrário de muitos compatriotas que passam por Caxias apenas para encaminhar o protocolo de refúgio junto à Polícia Federal (PF) — documento que lhes dá o direito de encaminhar CPF e Carteira de Trabalho brasileiros —, Kamil gostaria de trabalhar em Caxias. Ele se tornou, no Seminário, uma espécie de porta-voz de seus colegas, e mostra senso de organização e liderança.
— Estamos todos bem aqui, mas esperando pela sorte — diz.
O grupo discutirá ações emergenciais diante da situação dos ganeses, e atende a um pedido pessoal do prefeito Alceu Barbosa Velho (PDT, feito em Brasília na semana passada. Também participam dos trabalhos representantes do governo do Estado, entidades assistenciais e Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores e Polícia Federal.
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