O papa
Francisco lamentou os inúmeros dramas da imigração e as "tragédias que se
sucedem a um ritmo rápido", numa mensagem enviada ao bispo da ilha de
Lampedusa, no sul de Itália.
"Após um ano, o problema da imigração está em
vias de se agravar e outras tragédias se têm sucedido a um ritmo rápido",
escreveu o papa na sua mensagem enviada um ano após a visita que realizou
àquela ilha.
O papa Francisco esteve, em julho de 2013, na ilha
de Lampedusa, onde prestou homenagem às centenas de migrantes oriundos de
África, mortos quando tentavam atravessar o Mediterrânico em busca de uma vida
melhor.
"O nosso coração tem dificuldade em suportar a
morte dos nossos irmãos e irmãs que enfrentam viagens extenuantes para fugir de
dramas, da pobreza, das guerras, dos conflitos, muitas vezes ligados a
políticas internacionais", disse o papa argentino.
As autoridades italianas resgataram e identificaram
73.686 imigrantes ilegais nos últimos oito meses, que tentavam entrar na Europa
vindos da região do Magrebe e da África subsariana.
O comandante da Marinha italiana, o vice-almirante
Filippo Foffi, disse que, desde o início da operação Mare Nostrum, a 18 de
outubro passado, foram encontrados e identificados 73.686 imigrantes não
documentados que tentavam chegar a Itália.
A operação, que tem o centro de controlo numa base
militar perto de Roma, começou duas semanas depois da tragédia ocorrida na ilha
de Lampedusa no princípio de outubro do ano passado, quando 366 pessoas
morreram em frente à costa italiana, porque o barco em que viajavam se afundou.
Dos quase 74.000 imigrantes, 49.243 foram
socorridos pela Marinha italiana e, destes, 37.724 eram homens, 5.505 mulheres
e 6.014 menores, segundo o responsável.
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