A Anistia Internacional advertiu nesta quarta-feira (9) que a
política migratória dos países da União Europeia (UE) põe em risco a vida e os
direitos dos refugiados. Em comunicado, a organização de defesa dos
direitos humanos, com sede em Londres, destaca que a política de imigração e o
forte controle das fronteiras impedem aos refugiados o acesso à UE.
O controle das
fronteiras implica custos multimilionários para os Estados-Membros, que
investem todos os anos em sistemas de vigilância sofisticados, de acordo com o
relatório da organização O Custo Humano da Fronteira na
Europa: As Violações dos Direitos Humanos de Migrantes e Refugiados nas
Fronteiras Europeias.
"Basicamente,
os países da UE pagam aos países vizinhos para que vigiem por eles as suas
fronteiras", disse Dalhuisen. O problema é que esses países não podem, às
vezes, garantir os direitos dos refugiados, acrescentou.
De
acordo com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, o número de
deslocados é atualmente o mais elevado desde o fim da 2ª Guerra Mundial.
A
organização acrescenta que quase metade dos refugiados que procuram entrar na
UE fogem do conflito ou de perseguições em países como a Síria, o Afeganistão,
a Eritreia ou Somália.
Considerando
os obstáculos existentes no caminho para a Europa, os refugiados escolhem a
maneira mais perigosa de atingir o objetivo, fazendo o trajeto por mar, até a
Grécia ou Itália, lembra a Anistia Internacional.
.Jornal do Brasil
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