terça-feira, 6 de agosto de 2013

Estrangeiros podem votar em Portugal

Cerca de 27 mil estrangeiros vão poder votar nas eleições autárquicas de setembro, mas mais de metade residem nos distritos de Lisboa e de Faro, indica o recenseamento eleitoral já concluído e consultado hoje pela agência Lusa.
Segundo o último recenseamento eleitoral, divulgado pelo Ministério da Administração Interna, no continente e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira estavam em condições de votar nas próximas autárquicas, à data de 30 de junho, 9.485.604 eleitores.
Destes, 11.894 residem em Portugal mas são cidadãos de outros países da União Europeia. Também em condições de votar a 29 de setembro estão 15.083 eleitores originários de Cabo Verde, Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, Venezuela, Islândia, Noruega ou Nova Zelândia.
Do total de estrangeiros que podem votar nas eleições autárquicas, os distritos de Lisboa, com 11.704 eleitores, e de Faro, com 6.731, representam mais de metade dos inscritos (18.435 num total de 26.977).
No distrito de Viana do Castelo, entre 256.062 eleitores, apenas 271 são estrangeiros, dos quais 41 de fora da União Europeia.
Há mais de 11 anos a morar em Portugal, Marcelo Neves, um brasileiro de 35 anos, vai estrear-se a votar em autárquicas em setembro, podendo escolher o presidente da Câmara de Viana do Castelo.
"Quis votar porque é minha obrigação como cidadão. É a nossa oportunidade de falar", explicou à Lusa. Técnico de artes gráficas, já votou anteriormente para as legislativas em Portugal, mas também mantém a relação com o país de origem.
"E voto também para presidente no Brasil a partir de Portugal", afirmou.
Para poderem votar nas próximas eleições autárquicas estão inscritos -- num processo voluntário - 26.977 cidadãos estrangeiros.
No recenseamento eleitoral no final de 2009 estavam inscritos 26.932 cidadãos estrangeiros. No caso dos cidadãos de fora da União Europeia há registo de menos quase mil inscritos em 2013, face a 2009, número compensado praticamente de igual forma com um aumento de comunitários em condições de votar em setembro.

PYJ // JLG
Lusa/fim


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