O número de imigrantes senegaleses que pedem
refúgio em Caxias do Sul, na Serra do Rio Grande do Sul, apresenta um crescimento significativo nos últimos três anos, Segundo
a Polícia Federal, de três solicitações em 2011, o número pulou para 127 em
2012. Neste ano, já houve cerca de 150 requisições.
Os imigrantes deixam o país africano por diversos
motivos, e vivem em condições precárias e situação ilegal no Brasil. Eles
enfrentam dificuldades para obterem o refúgio. Devido à alta procura, a PF
limitou o atendimento a um africano por dia.
"O refúgio envolve determinados quesitos de
caráter político, perseguição política mais sinteticamente, que o governo
entende que não é o caso específico dos senegaleses", diz o delegado da PF
em Caxias do Sul Noeci da Silva Melo.
Sem terem as situações regularizadas, os
senegaleses não podem ser incluídos em programas sociais. Alguns contam com a
solidariedade de moradores, como os mais de 25 que vivem no galpão da fábrica
da empresária Clébia Trajano.
"Procuramos não deixar faltar nada para eles.
Quando acaba o alimento, que eles olham para nós e dizem que não têm o que
comer, corremos para o mercado e não deixamos faltar nada", declarou.
A falta de comunicação é o principal obstáculo dos
imigrantes, já que o idioma oficial do Senegal é o francês. Com uma facilidade
maior em falar português, o metalúrgico senegalês Billy Laraty já é conhecido
por ajudar os africanos a se comunicarem na cidade gaúcha. Para isso, concilia
o emprego que tem à noite com o auxílio aos companheiros.
"É uma coisa que tenho que fazer, não posso
deixar quieto. Se eu parar, mesmo se estiver cansado e quiser dormir, não vai
dar certo, porque eles precisam", diz o africano.
G1RS
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