Um plano de educação de direitos humanos com temas
de interesse regional como, por exemplo, as migrações e o tráfico de pessoas é
um dos temas da 23ª Reunião das Altas Autoridades Competentes em Direitos
Humanos e Chancelarias do Mercosul e Estados Associados, que começou no dia (11)
em Montevidéu.
A proposta de um plano regional , formulada pela
organização não governamental (ONG) brasileira Instituto de Desenvolvimento de
Direitos Humanos (IDDH) foi apresentada ontem (12) para aprovação. Atualmente, os países
estão desenvolvendo seus próprios planos, cada um enfocando temas de seu
interesse. “Mas existem temas regionais que preocupam todos, como as migrações
ou o tráfico de pessoas”, disse a representante de IDDH, Fernanda Lapa, em
entrevista à Agência Brasil.
No primeiro dia da reunião, o seminário abordou as experiências sobre
direitos humanos em cada país. A Argentina e o Uruguai ainda estão discutindo
seus planos nacionais. O Brasil aprovou o seu em 2006 e o Paraguai tem o seu
desde 2012. “O enfoque do Brasil é no ensino básico, enquanto que a Argentina
tem belas experiências nas universidades onde todos os alunos, não importa a
carreira que estão cursando – mesmo matemática – examinam em algum momento a
questão dos direitos humanos”, explicou, em entrevista àAgência Brasil,
o secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Gabriel dos
Santos Rocha.
Na sua palestra, Rocha falou sobre a importância da participação da
sociedade civil na formulação e na avaliação de políticas públicas de defesa
dos direitos humanos, citando como exemplo a criação de conselhos (como o
Conselho Tutelar, o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher). “O tema tem que
estar presente não apenas nas escolas, mas também em todos os espaços públicos,
como nas igrejas e na mídia”, disse Rocha. A reunião termina hoje quinta-feira (13).
Agencia Brasil
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