Os fluxos de remessas para os países em
desenvolvimento deveráexceder as estimativas anteriores até o total de 406 bilhões de dólares
neste ano, um aumento de 6,5% sobre o ano anterior, de acordo com a última
edição do Relatório de Migração e
Desenvolvimento do Banco Mundial, divulgado ontem
(20). Remessas para os países em desenvolvimento deverão crescer 10,7% em
2015 para chegar a 534 bilhões de dólares nesse ano.
Já as remessas mundiais deverão totalizar 534
bilhões de dólares em 2012, com uma projeção de 685 bilhões de dólares em 2015.
Os principais receptores de remessas
oficialmente registrados para 2012 são a Índia (70 bilhões de dólares), China
(66 bilhões de dólares), Filipinas e México (24 bilhões de dólares cada) e
Nigéria (21 bilhões de dólares). Outros que receberam grandes quantias incluem
o Egito, Paquistão, Bangladesh, Vietnã e Líbano. As regiões do Sul da Ásia, do
Oriente Médio, Norte da África, Leste da Ásia e Pacífico estão vendo um
crescimento melhor do que o esperado em remessas.
Remessas para a América Latina e o Caribe são
apoiados por uma recuperação da economia e um mercado de trabalho melhorando
nos Estados Unidos, mas moderada devido à atividade econômica fraca na Europa.
A região, portanto, teve um modesto crescimento de 2,9% em remessas em 2012,
totalizando cerca de 64 bilhões de dólares.
Em contraste, as remessas devem permanecer
estáveis para a Europa e Ásia Central e regiões da África Subsaariana,
principalmente por causa das contrações econômicas em países de alta renda da
Europa.
Fluxo é maior a partir de países exportadores de petróleo
Regiões e países com grande número de pessoas
que emigraram para países exportadores de petróleo tiveram crescimento robusto
em fluxos de remessas internas em 2012, em comparação com aquelas regiões cujos
migrantes estão trabalhando nas economias avançadas, especialmente na Europa
Ocidental, de acordo com o relatório.
“Apesar de os trabalhadores migrantes estarem
sendo prejudicados pelo lento crescimento da economia mundial, o volume de
remessas têm permanecido notavelmente resistente, proporcionando uma ajuda
vital, não só para as famílias pobres, mas uma fonte estável e confiável de
moeda estrangeira em muitos países beneficiários pobres de remessas”, disse
Hans Timmer, Diretor do Grupo de Perspectivas do Banco de Desenvolvimento.
“Os trabalhadores migrantes estão exibindo
tremenda resiliência em face da continuação da crise econômica nos países
avançados”, disse Dilip Ratha, Gerente de Migração do Banco e da Unidade de
Remessas e autor do Relatório.
O Relatório de Migração e Desenvolvimento
também observa que a promessa de remessas móveis ainda tem de ser cumprida,
apesar do uso de telefones celulares ter disparado em todo o mundo em
desenvolvimento. Remessas móveis caem no vazio regulamentar entre os
regulamentos financeiros e de telecomunicações, com muitos bancos centrais
proibindo entidades não bancárias de realizar serviços financeiros.
O Relatório também discute a aplicação dos
novos regulamentos de remessa nos Estados Unidos e na Europa e conclui que
estes regulamentos são suscetíveis de diminuir os custos das remessas, a longo
prazo, aumentando a concorrência e melhorando a proteção ao consumidor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário