domingo, 4 de novembro de 2012

Imigração Árabe: Fernando Haddad


Não só o novo prefeito de São Paulo é um descendente de libaneses: os árabes têm uma forte presença na sociedade brasileira. Também o comércio entre o Brasil e os países do mundo árabe vai bem: desde 2002, cresceu 400%.
Visível nos traços físicos de pessoas, na culinária, nos nome de políticos, personalidades ou empresas, a imigração árabe pode ser facilmente encontrada no Brasil. Basta um passeio por alguns bairros de São Paulo – cidade que concentra uma grande comunidade de sírios e libaneses e cujo novo prefeito, Fernando Haddad, tem origens no Líbano – para esbarrar na herança cultural dos imigrantes árabes.
Eles começaram a chegar ao Brasil no fim do século 19. Estima-se que o país tenha a maior comunidade fora dos países do mundo árabe, formada principalmente por libaneses e sírios. Grande parte dos mais de 12 milhões de brasileiros com ascendência árabe está em São Paulo e na região da chamada tríplice fronteira.
Das várias levas de imigrantes, a primeira foi constituída majoritariamente por cristãos, que saíram de suas terras – atualmente a Síria, o Líbano e a Palestina – por causa das perseguições religiosas do Império Otomano, que era formado por islâmicos. Já os árabes muçulmanos chegaram ao Brasil em grande número durante o século 20.
O Brasil era muito atraente por causa das oportunidades que oferecia. Grande parte dos imigrantes tinha conhecimentos de agricultura, mas, como o panorama agrário não era satisfatório naquele período no Brasil, dedicou-se essencialmente ao comércio e à indústria.
Os primeiros imigrantes eram vendedores de porta em porta e comercializavam pequenos itens como bijuteria, vegetais e frutas e, mais tarde, roupas. "Nos seus vários períodos, a imigração árabe teve uma influência direta na sociedade, na economia e na cultura brasileira", afirma o professor Salem Nasser, da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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