A disposição da
Noruega de enfrentar a xenofobia com tolerância será colocada à prova no
primeiro aniversário dos ataques a bomba e tiros promovidos por um extremista.
Ciganos vindos do Leste Europeu estão sendo recebidos com demonstrações hostis
no país recentemente.
O
primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, disse estar incomodado com o
teor dos debates sobre os pequenos acampamentos, com barracas improvisadas,
levantados por grupos de ciganos em Oslo e outras cidades norueguesas.
A
reação aos ciganos não é pior do que no restante da Europa. Muitos ciganos
disseram que são tratados de forma melhor na Noruega do que nos seus países de
origem, como Romênia e Bulgária. Mas a discussão acontece em um período
desconfortável para a Noruega, que se prepara para prestar homenagem as 77
vítimas do massacre do ano passado, que completa um ano amanhã.
Haverá
uma cerimônia no local bombardeado em Oslo, com discurso do primeiro-ministro;
um serviço religioso com a presença da família real na catedral de Oslo; uma
cerimônia com a presença dos sobreviventes do massacre em Utoya e um show no
centro da capital.
O
debate sobre a questão da imigração ficou de lado durante meses na Noruega. Mas
recentemente diversas autoridades começaram a adotar um tom mais duro contra os
acampamentos ciganos. "Já basta. Arranjem um ônibus e mandem eles
embora", afirmou o líder do Partido Progressista, Siv Jensen, em uma
entrevista para a emissora pública NRK.
Embora
não faça parte da União Europeia, a Noruega é um aliado próximo do bloco e
permite que cidadãos de países da região - incluindo Romênia e Bulgária -
entrem livremente em seu território e permaneçam por até três meses, sem a
necessidade de nenhum registro. As informações são da Associated Press.
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