segunda-feira, 2 de julho de 2012

Espanha afasta imigrantes


As perspectivas da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) para 2012 mostram a Espanha a afastar-se do clube maioritário de países na questão da imigração, porque já não atrai imigrantes como a maior parte dos outros membros, que já voltaram a atrair estrangeiros com a recuperação económica.
A Espanha está entre o pequeno grupo de países da OCDE (com Itália, Suécia e Austrália) que já não atraem imigrantes, como indica o relatório da OCDE sobre perspectivas da migração apresentado na quarta-feira em Bruxelas pelo seu secretário-geral, Ángel Gurría, e pelos comissários do Emprego e Interior da União Europeia, Laszlo Andor e Cecilia Malmstrom, respectivamente.
A OCDE situa a Espanha, como outros países do Sul da Europa, entre os Estados que estão a experimentar um auge de migração para o exterior, “embora de forma modesta”. Essa tendência decorre ainda da crise económica de 2008. A organização está preocupada com o elevado nível de desemprego entre a população nacional, mas também entre os imigrantes em Espanha, uma situação que “deteriorou-se claramente”.
No final de 2010, os últimos dados disponíveis, havia 4,7 milhões de desempregados, dos quais 32 por cento eram imigrantes. Entre 2008 e 2011 aumentou substancialmente o número de pessoas jovens nos países da OCDE que nem estudam, nem trabalham, os chamados “nem-nem”. Mais de metade dos “nem-ne”, de 15 a 24 anos de idade em Espanha, são imigrantes.
Em termos percentuais, a Espanha tem a maior percentagem de “nem-nem” da OCDE – 38 por cento dos jovens de 15 a 24 anos – seguida da Grécia e Itália. Deles, pouco mais da metade são recém-chegados.
O desemprego de longa duração para os imigrantes jovens em Espanha aumentou 14 por cento em um ano, indica a OCDE, que lembra que este grupo tem de optar pelo emprego precário ou de meio período. 


EFE 

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