Cumprindo promessa de campanha, o presidente da
França, François Hollande,
começa o processo de revisão sobre o tratamento dispensado no país aos
imigrantes. O ministro do Interior, Manuel Valls, disse que a naturalização de
estrangeiros residentes na França pode ser um motor para a integração. Segundo
ele, em breve serão anunciados os novos critérios para naturalização dos
imigrantes.
“[O
objetivo é] fazer da nacionalidade um motor de integração. e não o resultado de
uma corrida de obstáculos aleatória e discriminatória", explicou Valls,
lembrando que, no ano passado, apenas 40% dos pedidos de naturalização foram
atendidos.
No governo do ex-presidente Nicolas Sarkozy
(2007-2012), houve uma série de restrições a estrangeiros, principalmente os de
religião muçulmana. Na administração Sarkozy, o Congresso francês aprovou
medidas como a proibição do uso do véu e de trajes religiosos muçulmanos no
país.
Sem se referir diretamente ao ex-presidente,
Valls ressaltou que houve uma distorção de valores que fez com que os
estrangeiros passassem a ser vistos como uma ameaça, e não mais como uma sorte
para o país. O ministro destacou a “vocação” da França como uma terra de asilo.
Está sendo examinado neste semestre um projeto
de lei para suprimir o chamado "crime de solidariedade", que pune
quem ajuda estrangeiros em situação irregular no país. Atualmente, o documento
usado para conceder a residência permanente a estrangeiros deve ser renovado
todos os anos.
Valls disse que pretende combater a imigração
ilegal e desmantelar campos de imigrantes romenos na capital, em Paris, e nas
cidades de Aix-en-Provence e Lyon.
Exame.com
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