O Escritório Nacional de Estatísticas britânico divulgou
ontem os resultados do Censo-2011 para Inglaterra e Gales, com crescimento
recorde de 7,1% na população dos países na última década.
Com o acréscimo de 3,7 milhões de
habitantes, os países contam agora com 56,1 milhões de moradores. Mais de
metade desse aumento é resultado da imigração para o Reino Unido, e dois terços
dos que chegam vêm de nações fora da União Europeia.
Os números saíram num momento de
nova recessão no Reino Unido, e um dos resultados do combate à crise é o
aumento do discurso anti-imigração no governo do conservador David Cameron.
O ministro da Imigração, Damian
Green, culpou a administração anterior, trabalhista, por "deixar que a
imigração saísse de controle".
Até mesmo o ministro anterior, o
trabalhista Frank Field, admitiu que o aumento populacional deve ser tratado
como questão emergencial e de modo restritivo.
Já na Espanha, cresce o número de
cidadãos que deixam o país para fugir da crise --o desemprego espanhol é o mais
alto da zona do euro.
Segundo o governo, desde 2011 a Espanha registra mais
cidadãos saindo do que chegando. No primeiro semestre de 2012, 40.625 espanhóis
emigraram, 44,2% mais que no mesmo período em 2011.
Outro país em crise, a Grécia, é
hoje a principal porta de entrada na Europa para imigrantes ilegais e
experimenta a ascensão do discurso e de práticas xenófobas.
A Human Rights Watch
publicou ontem relatório com duras críticas à polícia e ao Poder Judiciário
gregos. Imigrantes ouvidos pela ONG relataram furtos e ataques. Por medo de
deportação, as agressões muitas vezes não são informadas à polícia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário