sábado, 14 de julho de 2012

Governo francês definirá critérios para regularizar Imigrantes


O ministro do Interior, Manuel Valls, deverá consultar nas próximas semanas as associações, sindicatos e organizações envolvidas com a questão, explicou o ministro das relações com o Parlamento, Alain Vidalies. De acordo com ele, as exigências serão ‘’objetivas, transparentes, e aplicadas de maneira uniforme em todo o território’’, assegurando uma análise individual de cada caso. A promessa foi feita pelo presidente François Hollande durante a campanha. ‘’A concessão de um visto é um ato importante, que deve ser levado em conta aplicando regras claras e compreensíveis, para colocar um fim em tudo que é arbitrário’’, disse o ministro.
Entre os critérios exigidos pelo governo para a concessão de um visto, estarão o tempo de residência na França, a situação profissional, a escolarização das crianças, e os laços familiares no país. Os estrangeiros que não satisfizerem nenhuma dessas exigências serão expulsos do território, em condições, segundo o governo, que respeitarão ‘’seus direitos e e sua dignidade’’.
Uma das medidas que deverá ser implantada em breve estipula que famílias obrigadas a deixar o território vão aguardar o processo de expulsão em casa. Atualmente, elas são levadas para os centros de retenção administrativa, antes do regresso forçado ao país de origem. Outra intenção do governo francês é acabar com as cotas, como ocorreu no governo Sarkozy, onde a meta de expulsões foi estipulada a 25 mil por ano. Para o ministro, isso contribui para as arbitrariedades, já que os funcionários das repartições trabalham sob pressão.
Regularizações em massa estão excluídas
O ministro do Interior, Manuel Valls, já havia declarado, em entrevista ao jornal Le Monde, em junho, que a regularização massiva dos estrangeiros em situação irregular está fora de cogitação, e o número de vistos dificilmente deverá ultrapassar 30 mil por ano, como no governo Sarkozy. Criticado por um comportamento julgado conservador para um governo de esquerda, o ministro do partido Socialista declarou que "era preciso levar em conta a situação econômica e social do país." Ele também disse que intencionava facilitar as naturalizações. 

Rfi

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