O ministro do Interior, Manuel Valls, deverá
consultar nas próximas semanas as associações, sindicatos e organizações
envolvidas com a questão, explicou o ministro das relações com o Parlamento,
Alain Vidalies. De acordo com ele, as exigências serão ‘’objetivas,
transparentes, e aplicadas de maneira uniforme em todo o território’’,
assegurando uma análise individual de cada caso. A promessa foi feita pelo
presidente François Hollande durante a campanha. ‘’A concessão de um visto é um
ato importante, que deve ser levado em conta aplicando regras claras e
compreensíveis, para colocar um fim em tudo que é arbitrário’’, disse o
ministro.
Entre os critérios exigidos pelo governo para a
concessão de um visto, estarão o tempo de residência na França, a situação profissional,
a escolarização das crianças, e os laços familiares no país. Os estrangeiros
que não satisfizerem nenhuma dessas exigências serão expulsos do território, em
condições, segundo o governo, que respeitarão ‘’seus direitos e e sua
dignidade’’.
Uma das medidas que deverá ser implantada em
breve estipula que famílias obrigadas a deixar o território vão aguardar o
processo de expulsão em
casa. Atualmente , elas são levadas para os centros de
retenção administrativa, antes do regresso forçado ao país de origem. Outra
intenção do governo francês é acabar com as cotas, como ocorreu no governo
Sarkozy, onde a meta de expulsões foi estipulada a 25 mil por ano. Para o
ministro, isso contribui para as arbitrariedades, já que os funcionários das
repartições trabalham sob pressão.
Regularizações em massa estão excluídas
O ministro do Interior, Manuel Valls, já havia
declarado, em entrevista ao jornal Le Monde, em junho, que a regularização
massiva dos estrangeiros em situação irregular está fora de cogitação, e o número
de vistos dificilmente deverá ultrapassar 30 mil por ano, como no governo
Sarkozy. Criticado por um comportamento julgado conservador para um governo de
esquerda, o ministro do partido Socialista declarou que "era preciso levar
em conta a situação econômica e social do país." Ele também disse que
intencionava facilitar as naturalizações.
Rfi
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