segunda-feira, 1 de agosto de 2011

EM CINCO ANOS, NÚMERO DE IMIGRANTES ILEGAIS QUE ENTRAM NO MÉXICO CAIU


O número de imigrantes da América Central que entram no México de forma ilegal diminuiu em cerca de 70% nos últimos cinco anos, afirmou o governo do país.

De acordo com as informações do Ministério do Interior, enquanto em 2005 ingressaram ao menos 433 mil imigrantes sem documentos, em 2010, esse número ficou em 140 mil.

O comunicado, que se baseou em dados do Instituto Nacional de Imigração, foi emitido depois da Comissão Interamericana de Direito Humanos (CIDH) pedir ao governo do país que tomasse providências para proteger os imigrantes que entram em seu território.

A diminuição do fluxo ilegal de centro-americanos para o México, segundo o Ministério, se deve a fatores como a crise econômica que atingiu os Estados Unidos em 2008 e 2009.

Outros aspectos que contribuíram para a redução do número foram a onda de violência em território mexicano e o aumento da vigilância na fronteira por parte do governo norte-americano.

Em agosto do ano passado, tropas federais mexicanas encontraram os cadáveres de 72 imigrantes ilegais que foram assassinados pelo cartel de Los Zetas quando tentavam alcançar os Estados Unidos. Segundo membros do grupo de narcotráfico presos posteriormente, eles tentavam impedir que os imigrantes fossem recrutados por cartéis inimigos.

Ao longo dessa semana, a Caravana Passo a Passo para a Paz, integrada por centenas de familiares de imigrantes da América Central desaparecidos no país, percorre as rotas mais comuns pelas quais é feito o transporte. Além de pedir o fim da violência contra essas pessoas, o movimento tenta encontrar os desaparecidos.

Também durante esses dias, o relator especial da CIDH Felipe González realiza uma visita oficial ao México, onde se reunirá com altos funcionários de diversas secretarias e manterá encontros com representantes dos poderes Legislativo e Judiciário, de organismos autônomos e da sociedade civil.

Sua visita é a quarta que o país recebe esse ano dentro da política de plena abertura e colaboração do governo com os mecanismos internacionais de direitos humanos.

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