segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Inocência perdida do modelo norueguês
22 de julho, o dia em que Breivik matou pelo menos 76 pessoas, abalou profundamente uma nação pacífica. Mas para muitos noruegueses este dia é também um marco indelével de um país que se afastou da cultura de uma só etnia e igualitária, para quem a tragédia era representada por um azar numa competição nórdica.
Atualmente mais de 11% dos cerca de 4,9 milhões de habitantes da Noruega, nasceram noutro local - Paquistão, Suécia, Polónia, Somália, Eritreia, Iraque. E o choque cultural da diversidade, especialmente devida à incorporação de um número crescente de muçulmanos não arianos, já significou o crescimento de um partido moderado anti-imigração, o Partido do Progresso, que se tornou o segundo maior partido na Noruega.
Os jovens que Breivik matou num campo de férias na ilha de Utoya eram todos noruegueses, mas alguns eram filhos de imigrantes, que agora pertencem à memória do maior desastre do país nos tempos modernos."Quando somos confrontados com a imigração multicultural, acontece algo," afirma Grete Brochmann, socióloga na universidade de Oslo, "Esse é agora o cerne da questão, e é um desafio enorme para o modelo norueguês."
Todos os líderes noruegueses, incluindo a família real, elogiaram a solidariedade, a democracia, a igualdade e a tolerância do país, e agora esperam que esses valores se mantenham. Virtuoso, pacífico, generoso, consensual - esta é a imagem que o norueguês tem de si mesmo, ajudada pela riqueza em petróleo que sustenta um dos sistemas de segurança social mais abrangentes do mundo.
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