O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, quer incluir no debate internacional a questão dos imigrantes oriundos de países em desenvolvimento. A ideia é que o assunto seja tratado como questão de preservação dos direitos humanos coletivos e individuais. A proposta é que a comunidade mundial assuma essa responsabilidade, sem exceções.
O porta-voz do Itamaraty, Tovar Nunes, no dia(28) que a preocupação de Patriota é que todos os países participem dos debates e tomem para si responsabilidades sobre eventuais violações de direitos humanos.
“É importante que não haja uma polarização entre Norte-Sul nem Sul-Sul”, afirmou Tovar Nunes. “Todos devem assumir suas responsabilidades no dever de melhorar a defesa dos direitos humanos como um todo. Isso vale para todos os países”, disse.
Na Comissão de Relações Exteriores do Senado, Patriota mencionou que historicamente houve situações de violação e abuso de direitos humanos em vários países desenvolvidos. Na presença dos senadores, o chanceler afirmou ainda estar preocupado com a onda de violência na Síria – onde vive uma colônia de mais de 3 mil brasileiros.
Durante o debate, o chanceler destacou também que a busca pela igualdade e a qualidade de vida não é um esforço exclusivo dos países em desenvolvimento, mas do mundo globalizado. No Senado, Patriota lembrou que no passado “os piores abusos” foram registrados em países desenvolvidos.
A história registrou momentos de violações graves, como o Holocausto, os processos de colonização liderados por países europeus e a imposição de alguns governos. Patriota ressaltou que a questão da preservação dos direitos humanos é prioridade do governo da presidenta Dilma Rousseff.
O chanceler lembrou que o assunto foi tema das conversas de Dilma com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em março, quando ele esteve em Brasília, e da China, Hu Jintao, quando ela visitou o país.
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