Extrema direita fortalecida com ataque a indocumentados
Os partidos de extrema direita estão mais fortes do que nunca na Europa. O sentimento antiimigrante no Velho Continente reativou o debate sobre o cerco aos indocumentados e a volta das fronteiras entre os países, preparando o terreno para os mais conservadores, que pregam nas campanhas eleitorais a volta aos "valores nacionais". O caso mais recente é o da Finlândia, mas há pelo menos outros dez exemplos desta tendência.
O partido Verdadeiros Finlandeses, por exemplo, obteve o voto de um quinto da população do país, com a promessa de restaurar os empregos dos cidadãos, em detrimento aos imigrantes. A crise econômica colocou os indocumentados como bodes expiatórios da crise. "O surgimento desses partidos de extrema direita é ao mesmo tempo causa e sintoma da crise política mais séria na Europa desde os anos 50", afirmou Charles Kupchan, pesquisador do Council on Foreign Relations. Para ele, o projeto de união da Europa começa a perder força.
Na Hungria não é diferente e a extrema direita venceu as eleições em 2010, assim como na Dinamarca, cuja população defende um projeto de restrição à imigração proposto pelo governo de direita populista."Não terei escrúpulos em restringir ainda mais a imigração", afirmou Soren Pind, ministro de Integração do Partido do Povo Dinamarquês, alegando que a iniciativa resultaria em economia de 6,7 bilhões de euros em gastos com programas sociais. Lá, cada imigrante já está sendo obrigado a depositar o equivalente as 15 mil dólaresem uma conta do Estado para cobrir eventuais gastos com serviços públicos.
Os governos da França e Inglaterra alegam que somente a luta contra a imigração ilegal será capaz de garantir empregos aos cidadão. Já na Alemanha, a chanceler Angela Merkel reconheceu que a política de integração da população islâmica no país não funcionou,
enquanto que o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, não esconde de ninguém que quer encontrar um meio de deter os milhares de indocumentados que chegam ao país. Só este ano foram cerca de 15 mil refugiados africanos migrando para a Europa pela fronteira da Itália.
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