domingo, 8 de maio de 2011

Cresce rejeição a programa anti-imigrante de Obama


Um programa fundamental para a estratégia do presidente Barack Obama de endurecer as leis de imigração enfrenta uma crescente resistência dos governos estaduais e da polícia, revelou hoje o jornal The New York Times.

O jornal cita como exemplo a decisão do governador de Illinois, Pat Quinn, de abandonar o programa conhecido como "Comunidades Seguras" por considerá-lo discriminatório.

Mediante essa iniciativa, a polícia deve tomar as impressões digitais dos detentos e enviar à base de dados do Serviço de Migração e Aduanas, o que facilita a deportação de pessoas se são ilegais.

Por sua vez, o Congresso da Califórnia estuda um projeto de lei que permitiria aos agentes da ordem eleger se desejam participar desse plano.

O governador de Massachussets, Deval Patrick, também criticou com dureza o regulamento, e o condado de Montgomery, em Maryland, decidiu se retirar do mesmo.

Similar decisão seguiram vários condados metropolitanos desta capital.

Também enfrenta a oposição do Caucus hispano do Congresso Federal, cujo a maioria de membros são democratas a assim como o presidente.

Essa postura provocará um choque com a Casa Branca, porque a secretária de Segurança Nacional, Janet Napolitano, afirmou em reiteradas ocasiões que o programa é obrigatório e se estenderá a todas as jurisdições no país em 2013.

O programa Comunidades Seguras começou no Texas em 2008 e opera na atualidade em mais de 1.200 jurisdições da União.

O projeto demonstra o dilema de Obama, que por um lado tenta contentar a comunidade hispânica com suas promessas de reforma migratória e por outro, os republicanos mediante planos de mão de ferro contra a imigração ilegal, comenta o jornal.

A respeito, recorda The New York Times, nos dois primeiros anos de seu governo foram deportadas quase 800 mil pessoas, um recorde na história dos Estados Unidos.

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