quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Obama: EUA devem encarar 'de uma vez por todas' a reforma migratória

O presidente Barack Obama afirmou terça-feira que os Estados Unidos devem resolver "de uma vez por todas" o problema da imigração ilegal, ao pedir um esforço bipartidário em direção a uma reforma migratória, durante o discurso anual sobre o Estado da União.

"Acredito fortemente que devemos encarar, de uma vez por todas, o tema da imigração ilegal", afirma Obama de acordo com o discurso, divulgado antecipadamente pela Casa Branca.

"Estou preparado para trabalhar com republicanos e democratas para proteger nossas fronteiras, fazer com que as leis sejam cumpridas e nos ocuparmos dos milhões de trabalhadores ilegais que atualmente vivem nas sombras", diz Obama.

O presidente tem mantido seu compromisso com uma reforma migratória integral, que abra caminho para formalizar a situação dos onze milhões de imigrantes ilegais que vivem no país, a maior parte deles hispânicos, mas seus esforços não tiveram grande repercussão no Congresso.

"Sei que o debate será difícil e levará tempo. Mas esta noite, vamos entrar em acordo de fazer este esforço", pede Obama.

Obama defendeu a necessidade de garantir que milhares de estudantes excedentes que não são cidadãos americanos possam ficar no país, em referência a um projeto de lei de reforma migratória parcial, chamado de Dream Act.

O projeto, que abria caminho para legalizar centenas de milhares de jovens ilegais nos Estados Unidos se entrassem na universidade ou no Exército, não conseguiu ser aprovado em dezembro no Congresso americano, mas legisladores afirmaram que voltarão a tentar sua aprovação.

"Alguns são filhos de trabalhadores ilegais, que não tiveram nada a ver com os atos de seus pais. Cresceram como americanos, juram fidelidade à nossa bandeira e, no entanto, vivem todos os dias sob a ameaça de deportação", disse Obama.

"Outros vêm do exterior para estudar em nossas instituições superiores e universidades. Mas assim que obtêm seu título, os enviamos de volta ao seu país para competirem contra nós. Não tem nenhum sentido", acrescentou o presidente.

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