Em Calais, França, muitos
imigrantes continuam a tentar chegar ao Reino Unido, à
“boleia” de um camião TIRe
ajudados pelas longas filas de carros provocadas pela greve dos funcionários da
MyFerryLink, que bloquearam o acesso ao porto da cidade.
Depois
de um encontro com responsáveis do Ministério dos Transportes francês os
trabalhadores concordaram deixar partir alguns barcos, em terra ficaram os
imigrantes, cada vez mais longe de cumprir o seu objetivo:
“Acordámos
hoje que vamos trabalhar com o governo francês para garantir o regresso destas
pessoas a África, para que não acabem nestes acampamentos na Europa”, adiantou
a ministra do Interior do Reino Unido, Theresa May. As autoridades britânicas e
francesas vão intensificar os esforços para desencorajar os imigrantes de
África e do Médio Oriente a embarcarem nesta viagem. Um sonho que acaba, quase
sempre, em pesadelo, como explica Anne Kamel, dos Médicos do Mundo:
“Há
muitas lesões devido às tentativas de chegar a Inglaterra. Mas há também
traumas psicológicos, eles tentam e falham e saem daqui a dizer: “amanhã já não
nos vemos, estaremos em Inglaterra.” Mas voltam sempre.”
São
cerca de 3.000 os imigrantes que permanecem acampando nas proximidades do porto
francês de Calais e que, em breve, deverão ser obrigados a regressar a casa e a
deixar para trás o sonho europeu.
Euronews
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