A
migração climática é um fenómeno que sempre preocupou a Humanidade. Mas hoje, e
por causa dos cada vez mais frequentes danos provocados pelas alterações
climáticas, esta questão tornou-se numa realidade mais premente que nunca. Mas
não existe uma definição única das Nações Unidas, ou seja, estes migrantes não
estão protegidos pelo direito internacional. É muito difícil identificar o
factor “clima” nos fenómenos de migração. Além disso, também é difícil
reconhecer a responsabilidade política dos Estados sempre que há uma catástrofe
ambiental.
A
Europa é um ponto nevrálgico para as migrações climáticas. São sobretudo
migrações futuras que devem chegar de África e do Médio Oriente, vítimas da
seca e das inundações.
Mas
na Europa também há deslocados interno, como ocorreu durante a tempestade
Xynthia, em 2010. Além disso, é preciso não esquecer que a Europa vai estar
sujeita a estas migrações climáticas provocadas, por exemplo, pela subida do
nível médio das águas do mar em Veneza e nos Países Baixos, pelo degelo dos
glaciares nas zonas de montanha ou o aumento dos ciclones nas regiões costeiras
do Atlântico.
Os
fluxos migratórios internos e externos deveriam ser um alerta para que, em
parceria com países terceiros, se tomassem medidas para atenuar os danos provocados
pelas alterações climáticas, para limitar a vulnerabilidade das polpulações e
criar legislação apropriada para proteger as comunidades de migrantes
climáticos…já que são vítimas dos desequilíbrios económicos e ambientais a
nível mundial.”
Eleonora Guadagno, especialista em mudanças climáticas e migração
Nenhum comentário:
Postar um comentário