segunda-feira, 13 de julho de 2015

As mudanças climáticas e a migração: um tema quente para a Europa

A migração climática é um fenómeno que sempre preocupou a Humanidade. Mas hoje, e por causa dos cada vez mais frequentes danos provocados pelas alterações climáticas, esta questão tornou-se numa realidade mais premente que nunca. Mas não existe uma definição única das Nações Unidas, ou seja, estes migrantes não estão protegidos pelo direito internacional. É muito difícil identificar o factor “clima” nos fenómenos de migração. Além disso, também é difícil reconhecer a responsabilidade política dos Estados sempre que há uma catástrofe ambiental.
A Europa é um ponto nevrálgico para as migrações climáticas. São sobretudo migrações futuras que devem chegar de África e do Médio Oriente, vítimas da seca e das inundações.
Mas na Europa também há deslocados interno, como ocorreu durante a tempestade Xynthia, em 2010. Além disso, é preciso não esquecer que a Europa vai estar sujeita a estas migrações climáticas provocadas, por exemplo, pela subida do nível médio das águas do mar em Veneza e nos Países Baixos, pelo degelo dos glaciares nas zonas de montanha ou o aumento dos ciclones nas regiões costeiras do Atlântico.
Os fluxos migratórios internos e externos deveriam ser um alerta para que, em parceria com países terceiros, se tomassem medidas para atenuar os danos provocados pelas alterações climáticas, para limitar a vulnerabilidade das polpulações e criar legislação apropriada para proteger as comunidades de migrantes climáticos…já que são vítimas dos desequilíbrios económicos e ambientais a nível mundial.”

 Eleonora Guadagno, especialista em mudanças climáticas e migração

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