quinta-feira, 16 de julho de 2015

Vereadores de Criciúma discutem imigração

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Situação dos imigrantes na cidade de Criciúma foi o tema da Tribuna Livre
A situação dos imigrantes da cidade de Criciúma foi o tema da tribuna Livre na noite desta terça-feira, por solicitação do vereador Dailto Feuser (PSDB). Durante o debate a secretária do Sistema Social Solange Barp explanou sobre os encaminhamentos dados a eles. “Solicitamos a vinda da secretária para discutirmos sobre a imigração. Sabemos que é um número elevado, e a secretaria tem tratado com cuidado esses imigrantes, mas queremos alguns esclarecimentos, como a verba destinada do Governo Federal ao Município para o atendimento deles, a despesa do Município com os imigrantes”, disse o vereador. Conforme a secretária, o Governo passou R$ 60 mil em agosto de 2014 para o Município. “A despesa é zero porque a estrutura é a mesma da Casa de Passagem”, comentou a secretária. 
Esse ano, conforme ela, 700 imigrantes passaram pela Casa de Passagem. “A partir do momento que chegam ao Brasil, que conseguem pedido de asilo da Polícia Federal, tem que ser considerados como cidadão brasileiro e tem direito a saúde, educação, e a todo atendimento que um brasileiro tem. Estamos tentando fazer o melhor acolhimento possível”, enfatizou. Ela também disse que o Governo Federal foi negligente nessa questão dos imigrantes. “Não nos importamos de fazer o trabalho, desde que tenhamos recursos para isso”, completou. Na cidade, segundo ela, são em torno de dois mil imigrantes de Gana, Senegal, África do Sul, Togo e Haiti. Um levantamento será feito pela secretaria para ver o número exato de imigrantes.
Quanto à exploração, a secretária Solange Barp, enfatizou que a secretaria faz o acompanhamento desde a hora que entram na empresa até a entrega da documentação, para que não sejam explorados. “Não tivemos, até hoje, nenhuma denúncia de exploração, até porque o Ministério do Trabalho ajuda a fiscalizar. O que estamos sentindo é que os que estão chegando agora não estão tendo a mesma facilidade de conseguir um emprego como os que tinham há algum tempo atrás. Hoje, as pessoas estão vindo, e às vezes chegam a ficar até 20 dias sem trabalho. A preocupação que se tem é com isso”, ressaltou.
Esses últimos três meses, de acordo com Solange, foram seis nascimentos e mais oito estão grávidas. “Eles têm um estilo de vida de comunidade que é muito bonito. A mulher que faz cesariana não dá de mamar. A mulher não pode tomar banho antes de o marido chegar em casa. Tudo faz parte da cultura deles”, finalizou.

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