O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete,
já comunicou a disponibilidade à Comissão Europeia. Uma notícia revelada na
edição de hoje do Diário de Notícias, que conta que a maioria dos refugiados
serão migrantes sírios, muitos com formação superior e capacidade financeira.
A avaliação de risco de segurança
será feita pela secretas, mas uma fonte policial próxima do processo, citada
pelo Diário de Notícias, afirma que tendo como exemplo os 70 sírios que em 2013
chegaram ilegalmente a Portugal vindos de Bissau, "a nacionalidade dos
refugiados até dá alguma tranquilidade. Dos 1500 migrantes que Portugal irá
receber são quase todos da classe média, estavam integrados na sociedade e têm
recursos financeiros".
Citada pelo DN, uma fonte que está a
acompanhar este processo, sublinha que "independentemente de quererem
ficar em Portugal, o mais provável é que, tal como a Itália e a Grécia, este
seja apenas um ponto de passagem para países do Norte da Europa e para os
Estados Unidos onde estes refugiados têm familiares e comunidades
enraizadas".
A Comissão Europeia tinha sugerido a
Portugal acolher 2 mil e 400 pessoas, Portugal defendeu um ajustamento de
critérios e nos últimos dias o Ministro dos Negócios Estrangeiros, com o acordo
do primeiro ministro, comunicou a Bruxelas disponibilidade para receber 1500
refugiados do mar Mediterrâneo, durante os próximos dois anos.
De acordo com o Diário de Notícias, o
Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, o Ministério da
Administração Interna e os serviços de Informações já estão a preparar esta operação.
No primeiro semestre do ano mais de
137 mil pessoas atravessaram o Mediterrâneo, atingindo um número recorde de
migrantes, com um aumento de
83% face ao mesmo período de 2014.
Radio Noticias
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