O primeiro-ministro
britânico, David Cameron, disse nesta quarta-feira que o governo está
considerando reforçar a fronteira da Grã-Bretanha com a França em torno do
porto de Calais, após o que definiu como cenas inaceitáveis de caos
envolvendo imigrantes que tentam entrar no país.
Imagens
de televisão na terça-feira mostraram grandes multidões de imigrantes que
tentavam embarcar em caminhões na fila, após o tráfego ter sido interrompido no
túnel do Canal da Mancha, que liga a Grã-Bretanha e a França, por causa de
paralisações no serviço causadas por trabalhadores grevistas das balsas
francesas.
"Estamos
analisando para ver se podemos colocar mais pessoal e equipes com cães
farejadores naquela parte do canal para fazer a diferença", disse Cameron
ao Parlamento. "Também há mais trabalho a ser feito em termos de
instalação de cercas, não apenas em torno do porto de Calais, mas em torno da
entrada do Eurostar e Eurotunnel", disse.
A
prefeita de Calais criticou o governo britânico por não fazer o suficiente para
financiar a segurança no porto, dizendo que a Grã-Bretanha precisa rever o seu
generoso sistema de previdência social e melhorar os controles de identidade,
que, segundo ela, funcionam como um ímã para imigrantes ilegais.
Cameron
disse que a Grã-Bretanha já havia investido 12 milhões de libras (19 milhões de
dólares) no reforço da fronteira e está disposta a fazer mais, se necessário.
Não faz sentido que um dos dois países "tente apontar o dedo para o
outro", afirmou ele, dizendo ser mais importante manter uma forte
parceria.
Reportagem
de Kylie MacLella
Reuters
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