Cerca de 380 imigrantes africanos, a maioria da Etiópia e do Sudão,
viviam embaixo de uma ponte de metrô em La Chapelle
A polícia francesa desmontou nesta terça (2) pela manhã, um acampamento
improvisado embaixo de uma ponte de metrô no bairro de La Chapelle, no Norte de
Paris, onde viviam cerca de 380 imigrantes africanos, a maioria da Etiópia e do
Sudão. A ação foi conduzida depois que um relatório apontou o risco de doenças
epidêmicas entre os moradores por causa das más condições de higiene
encontradas no local.
Acampamento começou há cerca de um ano e aumentou com o crescente fluxo
de migrantes
O acampamento, com cerca de 250 tendas, começou há cerca de um ano e
aumentou com o crescente fluxo de migrantes que atravessam o Mar Mediterrâneo
rumo à Europa. Apesar da instalação de banheiros públicos no local e da coleta
de lixo, a situação era de perigo, de acordo com autoridades. Os desabrigados
foram conduzidos para diferentes abrigos na capital.
“As pessoas viviam entre excremento e sujeira, sejamos claros sobre isso,
e não tinham nenhuma informação sobre seus direitos. Essa situação tinha que
acabar, está sendo interrompida agora e essa é uma boa coisa”, disse Pierre
Henry, secretário-geral da associação de caridade Terre d'Asile, que abrigará
parte dos imigrantes.
Só em 2015, 51 mil imigrantes chegaram ao continente europeu por
diferentes rotas,
Henry espera que o governo conceda aos imigrantes o status de
refugiados, garantindo-lhes os documentos necessários para que possam acessar o
suporte público.
Só este ano, 51 mil imigrantes chegaram ao continente europeu por
diferentes rotas, fugindo da guerra, da miséria e da perseguição religiosa. A
maioria vem da Síria, do Paquistão e de várias partes da África Subsaariana.
Sem documentos e sem ter para onde ir, eles sobrevivem de ajuda humanitária e
esperam regularização.
Cerca de 1,8 mil morreram antes de completar a travessia. O número de
mortes é 200 vezes maior do que o registrado no mesmo período do ano passado.
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