Mais de 7 mil imigrantes morreram no mar ou
enquanto cruzavam desertos na tentativa de chegar a um paraíso seguro neste
ano, que se acredita tenha sido o mais letal já registrado, segundo informou
nesta terça-feira a Organização Internacional para as Migrações.
No que foi
considerado a primeira estimativa mundial com base em dados de órgãos de
fronteira e grupos de ativistas, a OIM disse que pelo menos 2.360 imigrantes
morreram em 2013 ao ir atrás do sonho de uma nova vida, tendo muitos deles
pagado a gangues de contrabandistas para seguirem em uma perigosa jornada.
Mas essa cifra,
obtida principalmente de países ocidentais, que registram esses dados e os
divulgam, pode ser maior, já que muitos morrem ao seguir da África para o
Oriente Médio.
Estima-se que de
2 mil a 5 mil africanos tenham morrido ao cruzar a península do Sinai e o Golfo
de Áden para chegar ao Iêmen, a porta de entrada para os ricos Estados do Golfo
Pérsico, mas não há dados precisos disponíveis, disse a OIM.
"Nós nunca
saberemos a verdade total. Muitos imigrantes morreram anonimamente em desertos,
oceanos ou outras circunstâncias", disse o diretor-geral da OIM, William
Lacy Swing, em um comunicado antes do Dia Internacional dos Migrantes, que será
celebrado na quarta-feira.
Mesmo a cifra
conservadora de 2.360 é superior ao número de mortes do ano passado, estimadas
em 2109.
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