A Grã-Bretanha está a considerar
limitar o número de imigrantes europeus a 75.000 pessoas por ano, noticia hoje
o The Sunday Times, citando um relatório do governo ao qual teve acesso.
O documento do Ministério do Interior sugere que a imigração da União
Europeia para a Grã-Bretanha poderia ser reduzida em 30.000 em relação aos
atuais 106.000 por ano.
Alegadamente, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, quer fixar
os números da imigração abaixo dos 100.000, e agitar as relações com Bruxelas,
primeiro ao negociar um novo acordo sobre as relações com a União Europeia (UE)
e depois ao realizar um referendo, em 2017, sobre a permanência da Grã-Bretanha
no bloco europeu.
O documento sobre os princípios da livre circulação de pessoas sugere
que os trabalhadores altamente qualificados de países como a Alemanha e Holanda
poderiam apenas ir para a Grã-Bretanha com uma oferta de trabalho.
Por outro lado, os trabalhadores menos qualificados poderiam apenas
mudar-se para a Grã-Bretanha em caso de falta de mão-de-obra de nacionais,
escreve o The Sunday Times, citado pela AFP.
O relatório vem a público semanas antes do levantamento das restrições
de circulação aos trabalhadores da Bulgária e Roménia, países que aderiram à UE
em 2007, a partir de 01 de janeiro.
Cameron disse na quinta-feira que seriam necessários controlos mais
rígidos sobre a liberdade de circulação no seio da União Europeia no futuro e
sugeriu uma restrição baseada no Produto Interno Bruto (PIB).
"Quando outros países aderem à União Europeia devemos insistir em
transições mais longas e talvez até mesmo dizer que até que o país alcance uma
participação adequada da média europeia do PIB não pode ter liberdade de
circulação", afirmou.
Cameron justificou com os movimentos migratórios de outros países.
"A razão para isso é que se olharmos para a migração entre Grã-Bretanha e
a Alemanha ou entre a França e a Alemanha, países com PIB semelhantes, os
movimentos são muito equilibrados", disse.
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