segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Imigrantes ilegais cosem a boca em centro de acolhimento

Quatro imigrantes do Magrebe coseram a boca, este sábado, em protesto contra a sua prolongada permanência num centro de acolhimento em Roma.


O protesto de quatro magrebinos que coseram a boca num centro de acolhimento, em Roma, reabriu o debate sobre o drama dos imigrantes clandestinos em Itália. Os homens, com idades entre 20 e 30 anos, usaram um fio extraído de um cobertor e uma pequena agulha e tiveram de ser assistidos por uma equipa médica. O centro de acolhimento de Porta Galaria, nos arredores de Roma, alberga uma centena de imigrantes clandestinos, homens e mulheres. "A sua revolta impõe a reabertura do debate nacional sobre os centros inumanos e uma legislação que assimile os que fogem das guerras, da violência e da pobreza fomentada pelos criminosos de guerra", reagiu o presidente de esquerda da Câmara Municipal dr Roma, Ignazio Marino. O tratamento do 'dossier' da imigração em Itália suscita um intenso debate, com o país a ser acusado nos últimos dias em Bruxelas pelas condições degradantes impostas aos imigrantes clandestinos num centro de acolhimento provisório da ilha de Lampedusa. Em 2002, uma lei que agora é alvo de forte contestação estabeleceu um sistema de quotas que determina anualmente o número de imigrantes que a Itália pode receber, em função das necessidades do mercado de trabalho e das suas capacidades de integração económica. 


 Correio da Manhã

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