O presidente da Bulgária, Rosen Plevneliev,
atacou o plano do primeiro-ministro britânico, David Cameron, de apertar a leis
de imigração para búlgaros e romenos, dizendo que vai prejudicar a posição
global de Londres pelo bem de um ganho político de curto prazo.
Cameron,
arrastando-se nas pesquisas antes das eleições de 2015, está sendo ameaçado
pelo Independence Party, que pede leis de controle de imigração mais rigorosas
e vem alertando sobre um grande número de europeus orientais que pretendem
entrar na Grã-Bretanha no Ano Novo.
O líder britânico
está correndo para criar regras para impedir que imigrantes da União Europeia
(UE) possam reivindicar benefícios assistenciais assim que eles cheguem ao
país, devido aos temores de grande migração de trabalhadores romenos e búlgaros
quando as restrições da UE para eles terminarem no dia 1º de janeiro de 2014.
Em entrevista ao
jornal Observer neste domingo, Plevneliev disse que as políticas de imigração
de Cameron poderiam se transformar "numa mudança para o isolamento, nacionalismo
e abordagens políticas de curto prazo". "Isolar a Grã-Bretanha e
danificar a sua reputação não é a melhor história a ser escrita",
acrescentou.
O presidente
búlgaro pediu que os britânicos ignorem manchetes negativas e em vez disso,
olhem para as pesquisas acadêmicas que sugerem que os imigrantes ajudaram a
economia da Grã-Bretanha.
Uma pesquisa da
YouGov para o tablóide Sun essa semana mostrou que 72 por cento dos britânicos
querem que Cameron limite a imigração de outros países da UE.
Aqueles a favor
de controles mais rígidos dizem que estão preocupados com a possibilidade dos
imigrantes tomarem seus empregos ou sobrecarregarem os serviços públicos, como
escolas e assistência médica.
Na quarta-feira,
Cameron disse que estava antecipando para 1º de janeiro uma medida anunciada
anteriormente, que vai forçar os migrantes da UE a esperarem três meses antes
de solicitarem benefícios.
Reuter Brasil
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