São Paulo – Um
grupo de manifestantes participou hoje (1º) da 7ª Marcha dos Imigrantes no
centro da cidade, defendendo maior flexibilização da nova lei que regula a
permanência dos estrangeiros no país. O ato pacífico reuniu cerca de 300
pessoas, segundo a Polícia Militar,
A concentração começou por volta das
9h, na Praça da República, de onde os manifestantes saíram rumo à Praça da Sé.
Por volta das 12h30, ocupavam duas faixas da Avenida São Luiz, na esquina com a
Rua da Consolação. Com a ajuda de um carro de
som, bandeiras e cartazes, eles procuraram esclarecer a população sobre as
reivindicações, com foco em favor de uma anistia que beneficie os estrangeiros
que vivem irregular no país.
Para o porta-voz do grupo, Nelson
Bisson, um dos coordenadores do Centro de Apoio ao Migrante , é “ruim” o
teor da nova lei que trata da situação dos imigrantes, em tramitação no
Congresso Nacional. “Ela [lei] tem artigos que criminalizam os imigrantes”,
justificou ele.
Bisson informou que tem aumentado a
vinda de pessoas pobres oriundas, principalmente, da Bolívia, do Peru e da
Colômbia. “Muitos são atraídos por coiotes [intermediários] para trabalhar como
escravos em oficinas de costura e já chegam devendo pelo transporte, comida e
outras despesas lançadas pelos agenciadores”.
Segundo ele, só na capital paulista
existem entre 18 a 20 oficinas. Como são locais insalubres, as mães não podem
manter os filhos junto delas nos locais de trabalho e, sem acesso a creches,
essas estrangeiras sofrem muitos transtornos. Além disso, o porta-voz do grupo
disse que a maioria não consegue tirar a documentação para legalizar a
residência no país porque o trâmite é muito burocrático e caro.
Agencia Brasil
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