Falar de si próprios, do mundo que os rodeiam no país de
imigração com as suas amarguras e oportunidades, tendo como pano de fundo a
atmosfera afectiva das próprias origens que ficaram para trás… São já muitos os
imigrados, imigradas e seus descendentes que se aventuraram pelo mundo da
escrita literária na língua do país de acolhimento. Neste caso concreto o
italiano. Os concursos para eles não se fizeram esperar. Um deles é “Língua
Madre” só para as mulheres imigradas. Vai ter a sua nona edição de 16 a 20 de
Maio próximo no âmbito do “Salão do Livro” em Turim. “Afrofonia” desta semana
traz-nos um pouco da história deste concurso contada pela sua promotora, a
italiana Daniela Finocchi, e ainda as palavras da vencedora duma das edições do
concurso, Claudileia Lemes Dias, autora de diversos contos, peças
teatrais e um primeiro romance “Nessun Requiem per mia Madre”, publicado em
2012 pela “Fazzi Editore”. Um percurso literário que tem levado a Claudileia a
abraçar temas cada vez mais abrangentes da sociedade italiana e não só, sem
deixar de lado o mundo da imigração que a inspirou inicialmente e que retrata
muito bem em “Storie di Extracomunitária Follia” publicado pela Mangrovia
Editora em 2009 e actualmente usado nas escolas italianas para a educação ao
relacionamento com o outro.
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