Engenheiros e
arquitetos portugueses poderão ter o diploma reconhecido de forma quase
automática no Brasil.
A mudança, no
primeiro momento, ficará restrita a um grupo de universidades federais --cabe
às instituições públicas reconhecer o diploma de graduação estrangeiro. É um
primeiro passo que pode repercutir em outros cursos.
A intenção é assinar
convênio entre universidades nacionais e portuguesas na próxima semana, durante
visita ao Brasil do ministro de Educação e Ciência de Portugal, Nuno Crato. O
Ministério da Educação brasileiro apoia a iniciativa.
Na prática, a
alteração será sentida "em três, quatro meses", estima o reitor da
UFScar (Universidade Federal de São Carlos), Targino Araújo, presidente da
comissão de Relações Internacionais da Andifes (associação de reitores).
"É para facilitar esse processo. A questão da internacionalização [dos
profissionais] é um fato."
Nos anos 1990,
restrições a dentistas brasileiros em Portugal criaram rusgas diplomáticas. O
imbróglio levou dez anos para ser resolvido.
A demanda para
acelerar o reconhecimento de diplomas portugueses é antiga, mas ganhou força
diante da crise econômica na Europa.
A revalidação não
garantirá ao profissional o direito de atuar no país: isso depende de registro
profissional dado pelos conselhos regionais. O Confea (Conselho Federal de
Engenharia e Agronomia) diz que não fará objeção ao pedido de registro de
portugueses.
Em média, a entrega
do registro acontece em três meses, independentemente da nacionalidade do
profissional.
A entidade reconhece
que o ritmo de formação de engenheiros está abaixo da demanda dos próximos
anos, com investimentos em Copa e Olimpíadas. Pondera, porém, que a procura por
cursos de exatas tem sido cada vez maior.
SISTEMA ONLINE
Quando um estrangeiro
quer revalidar seu diploma no Brasil, independentemente do curso, o processo
cabe às universidades públicas. A Andifes quer criar um sistema online para que
essas instituições tenham acesso a processos em análise em todo o país e,
assim, reduzam o tempo gasto.
Exemplo: uma
universidade no AM poderá ver que outra do RS já revalidou diploma de
jornalismo de uma faculdade estrangeira. Esse histórico poderá acelerar o
trâmite do pedido de outro aluno da mesma instituição.
"Se o currículo
do aluno já foi analisado antes, será rapidíssimo", diz Araújo.
Veja a lista de universidades que integrarão o acordo entre Brasil e
Portugal
Brasil
UFScar (Universidade
Federal de São Carlos)
UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
UFAL (Universidade Federal de Alagoas)
UFPA (Universidade Federal do Pará)
UFG (Universidade Federal de Goiás)
UFPR (Universidade Federal do Paraná)
UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
UFAL (Universidade Federal de Alagoas)
UFPA (Universidade Federal do Pará)
UFG (Universidade Federal de Goiás)
UFPR (Universidade Federal do Paraná)
Portugal
Universidade de
Coimbra
Universidade de Lisboa
Universidade do Porto
Universidade Técnica de Lisboa
Universidade Nova de Lisboa
Universidade de Aveiro
Universidade do Minho
Universidade de Évora
Universidade de Açores
Universidade do Algarve
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Universidade da Beira Interior
Universidade da Madeira
Universidade Aberta
Universidade Católica Portuguesa
Universidade de Lisboa
Universidade do Porto
Universidade Técnica de Lisboa
Universidade Nova de Lisboa
Universidade de Aveiro
Universidade do Minho
Universidade de Évora
Universidade de Açores
Universidade do Algarve
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
Universidade da Beira Interior
Universidade da Madeira
Universidade Aberta
Universidade Católica Portuguesa
Folha de São Paulo
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